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Vendedora simula roubo e mobiliza polícia em Rondonópolis

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Um suposto assalto mobilizou as Polícias Civil e Militar de Rondonópolis, ontem. A PM foi acionada pela vendedora Silvia Letícia Zancanelli, 28, que se dizia vítima de um seqüestro seguido de roubo. Após horas de investigações, as polícias descobriram que crime não havia ocorrido, era uma farsa montada pela vendedora.

A história é curiosa. A mulher forjou o falso roubo para encobrir um desvio de dinheiro de sua conta que ela própria realizou. Há cerca de seis meses, a vendedora fazia os saques da conta bancária, sem o conhecimento do marido que resolveu pedir a quantia. Desesperada, ela resolveu montar a farsa do seqüestro seguido de roubo para não revelar ao marido que havia utilizado o dinheiro. Na simulação ela registrou até boletim de ocorrência. A ocorrência foi encaminhada ao Centro Integrado de Segurança e Cidadania (Cisc), que passou a investigar.

O delegado Claudinei de Souza Lopes, da Divisão de Crimes Contra o Patrimônio (Depatri) do Cisc de Rondonópolis, disse que a polícia iniciou as investigações para constar o crime descrito no boletim e recuperar a quantia de R$ 16 mil, a qual supostamente teria sido levada pelos bandidos. Já no começo as investigações a polícia levantou evidências de que o fato não havia ocorrido.

No levantamento realizado pela polícia na agência do Banco do Brasil, da Vila Aurora, local que supostamente Silvia teria sido obrigada a sacar o dinheiro roubado, não constava nenhum saque efetuado pela mulher e as imagens das câmaras de segurança mostravam apenas que ela havia entrado no banco e ficado alguns minutos perto do terminal do caixa eletrônico. O serviço de auto-atendimento somente realiza saques até R$ 1 mil e a mulher também não havia retirado o dinheiro no atendimento personalizado.

A vendedora chegou a contar à polícia que foi levada até uma gleba próxima a cidade, onde teria sofrido agressão, roubo e que o veículo usado pelos bandidos tinha ficado atolado, o que também não foi constatado.

Questionada pela polícia a vendedora admitiu que montou a farsa para esconder do marido que havia usado o dinheiro para pagar dívidas contraídas de fornecedores das roupas e disse estar arrependida. Sílvia vai responder por crime de falsa comunicação e contra ela foi lavrado um Termo Circunstanciado de Ocorrências (TCO).

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