Os três suspeitos de envolvimento no assassinato de Matheus Martines Modanese, 19 anos, ocorrido em maio do ano passado, se apresentaram, esta tarde, no fórum. Eles estavam com mandados de prisão preventiva expedidos pela juíza da 1ª Vara Criminal, Rosângela Zacarkim. A defesa chegou a pedir a revogação, mas os argumentos não foram aceitos. O trio acabou detido pela Polícia Militar e encaminhado para a delegacia municipal.
Segundo consta no processo, um dos acusados era irmão de Maurício Santos Vieira, 25 anos, assassinado na mesma noite, em um bar, no Jardim Imperial. A Polícia Civil concluiu que Matheus esfaqueou Maurício, após um desentendimento. Ele não resistiu aos ferimentos e faleceu ainda no local. Para a polícia, após a briga, um dos três acusados, “visando vingar a morte de Maurício, correu atrás de Matheus, que tentava se evadir do local, oportunidade em que o alcançou e ambos entraram em luta corporal”.
As investigações apontaram que os outros dois suspeitos chegaram e também começaram a agredir Matheus, “sem que este pudesse oferecer qualquer reação defensiva”. Os acusados, segundo narra o processo, teriam confessado o assassinato, “esclarecendo que quem teria desferido os golpes de faca contra a vítima” seria o irmão de Maurício.
Os três acusados respondem, após denúncia do Ministério Público Estadual (MPE) acatada pela juíza, por homicídio cometido mediante recurso que dificultou a defesa da vítima. Ainda não foi definido se irão a júri popular.
Os dois crimes ocorreram com diferença de alguns minutos. Conforme Só Notícias informou, Maurício foi esfaqueado na altura do pescoço. Bombeiros foram socorrê-lo, mas estava sem vida. Já o segundo assassinato, ocorreu momentos depois, no bairro Jardim Maria Carolina, a menos de 900 metros de onde ocorreu o outro.
De acordo com o boletim de ocorrência, confeccionado pela Polícia Militar, duas testemunhas disseram ter presenciado toda a situação, em uma lanchonete, quando Maurício entrou em atrito verbal com algumas outras pessoas, que chegaram em um veículo. A versão aponta que, ao retornar para sua mesa, Matheus puxou uma faca e teria desferido o golpe no pescoço de Maurício.
Matheus correu sentido Perimetral Norte. No entanto, foi perseguido por pelo menos duas pessoas e alcançado nas proximidades de uma igreja, levando várias facadas e também morreu no local. Ambos foram sepultados no cemitério sinopense.