Os suspeitos, foram presos, hoje de madrugada, em ação conjunta entre a Polícia Rodoviária Federal (PRF) e a Polícia Militar durante fiscalização de rotina na Unidade Operacional de Poconé (103 km de Cuiabá), apontados por envolvimento em golpes contra o Instituto Nacional de Seguro Social (INSS).
Policiais rodoviários federais das equipes Grupo de Operações com Cães (GOC) e Núcleo de Operações Especiais (NOE) estavam em fiscalização quando decidiram abordar um ônibus que fazia a linha Jauru-Cuiabá, e ao pedir o documento de um passageiro, constataram que era falso.
O homem, de 27 anos, foi retirado do ônibus, e revelou que desembarcaria na rodoviária de Várzea Grande, onde pessoas o aguardavam. Os PRFs então solicitaram apoio da PM, que prendeu duas pessoas na rodoviária.
Com a dupla havia diversos documentos pessoais falsos e outros com indícios de aplicação de golpes no INSS, entre eles um roteiro de como agir no instituto. Também foram apreendidos extratos de benefícios, laudos de peritos e atestados em que será apurada a veracidade a fim de confirmar se foram emitidos pelo INSS.
A suspeita é que o grupo usava os documentos falsos para solicitar benefícios em todo o Estado.
Os três presos e a documentação foram encaminhados para a Polícia Federal de Cuiabá, que seguirá com as investigações.
Conforme Só Nortícias já informou, a Polícia Federal deflagrou, esta manhã, a Operação Data Leak, que apura os crimes de vazamento e receptação ilícita de dados sigilosos, bem como corrupção e violação de sigilo funcional praticados por servidores públicos federais. Estão sendo cumpridos, simultaneamente, sete mandados de prisão temporária e nove de buscas e apreensões, expedidos pela quinta vara Federal de Cuiabá. Além da capital mato-grossense as ordens são cumpridas em Curitiba, Porto Alegre, Rio de Janeiro e na capital do Espírito Santo.
As investigações apuram a possível participação de servidores públicos nos crimes investigados, que, tendo acesso a bancos de dados sobre os quais deveriam guardar sigilo funcional, auferem vantagens financeiras no repasse das informações sigilosas a terceiros. Os receptadores dos dados, por sua vez, vendiam as informações com escritórios de advocacia, contabilidade, financeiras e empresas de cobrança, dentre outras, auferindo expressivos lucros na transação.
A Polícia Federal suspeita que determinadas bases de dados estejam sendo comercializadas clandestinamente por valores que superam a cifra R$ 1 milhão.
O nome Data Leak faz referência ao vazamento de dados sigilosos, que chegam ao poder de indivíduos que praticam o comércio clandestino de informações pessoais e financeiras de funcionários públicos e segurados do INSS, informa a assessoria da PF.