Os acusados foram presos por receptação de toras com origem ilegal na “Operação Warã”, realizada pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), em conjunto com a Polícia Federal para combater a exploração ilegal de madeiras em terras indígenas na região de Rondolândia (1,1 mil km de Cuiabá), que faz divisa com Ji-Paraná, em Rondônia, ontem. Foram aplicados aproximadamente R$ 1 milhão em multas.
De acordo com informações da assessoria do Ibama, cinco madeireiras inspecionadas apresentaram irregularidades. O tamanho das toras e as espécies encontradas nos pátios indicaram que as árvores foram retiradas de terras indígenas. Em um dos estabelecimentos, os agentes ambientais identificaram 57 toras de Ipê, que totalizam 113,7 metros cúbicos, escondidas por serragens. Um metro cúbico da espécie é estimado em até R$ 4 mil após o beneficiamento.
Os técnicos do Ibama suspeitam que a exploração ilegal tenha ocorrido nas terras indígenas Sete de Setembro e Igarapé Lourdes, no entorno das madeireiras. O material recolhido foi depositado em um asilo, creche e prefeituras da região.
Na primeira fase da operação o Ibama já havia embargado 18 serrarias na divisa de Rondônia com Mato Grosso. A PF cumpriu 11 mandados de busca e apreensão em residências e empresas. Duas serrarias clandestinas foram identificadas.
Os envolvidos no esquema de receptação e extração ilegal de madeira estão sob investigação. Todas as informações reunidas serão encaminhadas ao Ministério Público Federal (MPF) para apuração de responsabilidades no âmbito criminal.