O assassinato do menino de 2 anos, que foi encontrado em um canavial, em Tangará da Serra, praticado pela mãe R.O.G, 18 anos, pode ser considerada uma tragédia anunciada, quando se olha o histórico de violência dela e os processos criminais que tramitam na Justiça tendo ela como acusada em um e também como vítima em outro, onde seu pai e avô do garoto aparece como acusado.
O ponto mais chocante na história, é o fato de que a mãe foi condenada no dia 12 de março deste ano a cumprir 6 meses de medida socioeducativa pelo crime de tentativa de homicídio qualificado praticado por motivo fútil contra o menino quando ele tinha apenas 6 meses. Na época do crime, ela tinha 17 anos e jogou o garoto no chão durante uma briga, o que causou traumatismo craniano, mas ele sobreviveu. Seis dias depois da condenação, no dia 18 de março, ela registrou boletim de ocorrência relatando o sumiço do filho que foi encontrado morto, com sinais de abuso sexual e vários ferimentos pelo corpo.
Nesse período, a delegada Liliane Soares Diogo, começou a investigar o caso ouvindo vizinhos, amigos, familiares e também a mãe que até então permanecia calada sem confessar o crime. Porém, no decorrer das investigações a delegada juntou elementos que ligavam a acusada e o companheiro dela, 43 anos, ao crime. Representou pela prisão do casal e a Justiça aceitou.
Eles foram presos na manhã de quarta-feira (17) e durante a tarde do mesmo dia ela confessou ter matado o filho e inocentou o companheiro. A mulher garantiu ter agredido o garoto sozinha e provocado as marcas na região anal da criança para tentar despistar as investigações e tentar induzir que poderia ser um homem que teria praticado a violência sexual. A delegada disse que a acusada, de maneira fria, relatou em detalhes o crime.
Hoje, ela está presa pelo homicídio qualificado contra o filho e está grávida de 3 meses. A acusada está isolada em uma cela separada na cadeia de Tangará da Serra.