Os 27 detentos envolvidos na rebelião que durou três dias no presídio de Sinop não terão direito à visitas nos próximos dias. Esta é uma das medidas tomadas pela direção como punição pela desordem e prejuízos. Além deles, outros presos da ala azul, que atearam fogo nos colchões durante a rebelião, também terão as visitas suspensas.
Ontem, 17 presos que participaram da rebelião foram escoltados até o Instituto Médico Legal (IML) do município para fazer exame de corpo de delito. O grupo alega estar sendo espancado. O laudo que confirmará a denúncia deve sair nos próximos 10 dias, podendo prolongar o prazo.
O presídio, que fica no Alto da Glória e ainda não foi inaugurado oficialmente, tem cerca de 180 detentos, distribuídos em quatro alas. A rebelião foi executada por detentos da ala laranja, entre eles alguns que tinham sido transferidos no início de janeiro de Cuiabá, após comandar uma rebelião e exigir a transferência.
O mesmo grupo também solicitou a transferência de Sinop durante a rebelião. Esta foi uma das 22 reivindicações dos detentos, mas não foi aceita. Apenas duas foram aceitas, entre elas a realização do exame de corpo de delito.
Outros detentos de toda a região devem ser recambiados para a unidade nos próximos dias. Mais de 120 detentos da cadeia de Sinop, 30 de Lucas do Rio Verde e 02 de Sorriso foram transferidos.