Cerca de 40 pessoas, entre familiares e amigos, fizeram um protesto nas ruas da região leste do município, ontem à tarde, pedindo justiça em relação ao assassinato de Jecilene Diniz da Rocha, 18 anos. O crime ocorreu no final do ano passada no momento em que trabalhava em um “espetinho” de propriedade da família. Uma tia da vítima disse que a ideia era chamar a atenção da sociedade e principalmente da polícia, que ainda não solucionou o caso.
Esta manhã, o delegado Thiago Garcia Damasceno deu mais detalhes de como está o andamento do caso. “Existem algumas informações de que possivelmente o autor do crime estava ali para matar uma terceira pessoa, acabou errando e atingindo a vítima. As investigações estão se estendendo por muitos dias e é normal por ser um caso complexo, existir poucas testemunhas, mas a investigação não está parada”.
Damasceno afirmou entender a manifestação. “Toda manifestação é válida e me solidarizo com a família, mas não é esse tipo de atitude que vai colaborar com a investigação. Sabemos das nossas obrigações legais e são feitas independentemente de qualquer tipo de manifestação. O que a família poderia fazer para colaborar seria comparecer na delegacia quando for intimada, pois quando foi intimada para prestar esclarecimentos, não compareceu. Desta forma, eles não estão ajudando. Peço que na próxima intimação, eles compareçam e forneçam mais testemunhas que estavam ali no local do crime”.
Ele também explicou a linha de investigação adotada. “Formalmente, pelas provas que nós temos, é um latrocínio, mas vamos tentar investigar, pois existe essa informação de que na verdade o autor do crime estava ali para cometer um homicídio. Temos uma pessoa, que eu não posso divulgar, que tem um certo envolvimento com a situação, só que até agora ela não foi localizada. É por esse motivo que a investigação ainda não deslanchou. Entendo a família, que tem ansiedade para que tudo seja solucionado. Eu também quero que seja feita justiça e essa é minha principal função. Quero lembrar que teve um latrocínio de um ex-presidente de cooperativa que foi solucionado recentemente. Gastamos mais de seis meses para solucionar. Peço que a família tenha calma, que as investigações estão prosseguindo e não estamos parados”.