O investigador da Divisão de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP) de Sorriso, Márcio Coutinho Scardua, disse, esta tarde, que Marcos Rogério Lima, 33 anos, apontado como assassinado da ex-esposa Débora de Oliveira Silva, 37 anos, baleada com um tiro de calibre 20 no rosto, na comunidade Caravágio, possivelmente planejava matar o filho dela, já que estava escondido a cerca de 100 metros do local do crime e estava com uma arma escondida, em um terreno baldio ao lado, além do revólver que usou para cometer suicídio, hoje, no final da manhã.
“Uma arma estava com ele, que cometeu o suicídio, tinha uma cápsula deflagrada e outra picotada. Com relação a arma que ele usou para matar a dona Débora, ele estava com ela no terreno baldio do lado, como se estivesse esperando alguma coisa. Com nossa experiência, não teria motivo dele ter cometido um crime bárbaro desse e estar ali, no mesmo local. Nós deduzimos que ele estaria ali para ceifar a vida de mais pessoas da família, uma vez que a família era muito desafeto dele. Ontem, recebemos a informação que ele queria matar o filho mais velho da dona Débora”, apontou o investigador.
Coutinho complementou informando que “ontem depois que teve o homicídio da dona Débora, nós estivemos no local fizemos levantamento. Hoje, pela manhã, a gente tinha intenção de ir lá, no momento em que recebi uma ligação do parente da vítima, falando que tinham visto ele lá na vila. Ele estaria em uma construção abandonada e que estaria lá, com a mesma roupa que estava ontem. Convocamos uma equipe, um carro descaracterizado e fomos. Com tinha essa construção e era a única que estava abandonada, a agente chegou, olhamos em volta e não tinha nada. Só que do lado, em uma casa sem muro, sem nada tinha um casebre. Chegando perto e escutamos um tiro meio falho, já recuamos, demos alguns tiros de contenção e começamos a gritar pelo nome dele. Rogerio sai. Não tivemos resposta nenhuma, fomos chegando mais perto e deduzimos que poderia ter de suicidado. Foi isso que aconteceu”.
Rogerio chegou a ser socorrido com vida, mas não resistiu aos ferimentos. “Quando abrimos a porta, estava em decúbito dorsal. A arma debaixo do joelho dele e ele agonizando. Nossa equipe colocou ele dentro da viatura e partimos para (Nova) Ubiratã. No caminho vimos que ele ainda estava com sinais vitais, mas ao chegar no hospital o médico declarou o óbito dele. Foi um disparo debaixo do queixo que supostamente transfixou cérebro”.