A assessoria de imprensa da secretaria estadual de Justiça e Direitos Humanos (Sejudh) confirmou, agora há pouco, que cinco detentos morreram durante a rebelião no presídio Osvaldo Florentino Leite, o “Ferrugem”. A pasta afirma que as mortes ocorreram em confronto entre os próprios presos. O secretário de Estado de Segurança Pública, Rogers Jarbas, informou que quatro morreram após receberem tiros e o quinto teria sofrido um infarto.
De acordo com a secretaria de Justiça morreram Reginaldo Agostinho, Bruno Aparecido Bezerra, Marcelo Viturião Carvalho e Isauro Pedro Gonçalves (que sofreu um infarto durante a rebelião, foi socorrido pelos bombeiros, mas não resistiu). Ainda falta identificar o quinto morto.
Pelo menos sete detentos ficaram feridos neste confronto, foram socorridos e encaminhados ao Hospital Regional. A direção da unidade confirmou ter recebido os sete detentos feridos. Dois já tiveram alta, dois foram para o centro cirúrgico, outros dois estão internados na clínica geral e o último chegou ao local com parada cardíaca. Neste foi realizado manobras para reanimação, porém, ele veio a óbito.
As forças de segurança pública estão prontas para fazer uma incursão e retomar o controle da penitenciária. A reocupação, todavia, será pacífica e não deverá encontrar resistência dos amotinados.
O acordo para a reocupação é negociado desde as primeiras horas da manhã pelo Comitê de Crise local, conduzido pelo tenente coronel do Corpo de Bombeiros, Hector Péricles de Castro, sob a supervisão dos secretários de Estado de Justiça e Direitos Humanos, coronel Airton Siqueira, e de Segurança Pública, Rogers Jarbas. Também compõem o comitê local o comandante geral da PM, coronel Jorge Luiz de Magalhães, representantes de outros órgãos de segurança, tais como Polícia Judiciária Civil, Politec e Corpo de Bombeiros, com participação da subsecção da OAB, Ministério Público Estadual e Poder Judiciário. A imprensa de Sinop e região também acompanha o caso a uma distância e local seguros nas imediações da penitenciária.
A primeira morte foi confirmada por volta das 10h, ao Só Notícias, pelo comandante regional da Polícia Militar, tenente coronel Valter Razera. De acordo com ele, os rebelados estão usando outros detentos como 'escudos humanos'. Ainda não foi possível apurar quantos reeducandos participam deste motim.
Neste momento, as autoridades negociam com os reeducandos o fim da rebelião. Uma fonte apontou que os rebelados estão em duas áreas isoladas, nos raios laranja e amarelo. Os secretários estaduais de Segurança, Jarbas Rogers, e o de Justiça e Direitos Humanos, Airton Siqueira, estão no presídio participando das negociações juntamente com o comitê de crise.
Dezenas de policiais reforçam a segurança. O helicóptero da PM também é usado.
Há pouco, familiares de detentos protestaram, em frente do presídio, ateando fogo em lixo, cobrando informações sobre estado de saúde de presos.
(Atualizada às 16h35)