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Site de compras coletivas é denunciado em Mato Grosso

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A Polícia Civil está investigado denúncias feitas por cerca de dez empresas fornecedoras de serviços contra um site de compras coletivas, com sede em Cuiabá, por não repassarem os pagamentos feitos referente aos produtos vendidos. Uma das vítimas, proprietária de uma peixaria, relatou que fechou contrato com a empresa mantenedora do site, para venda e ofertas de produtos e serviços com descontos pela internet. Foram fornecidas mais de 100 refeições, porém, a empresária alega que não recebeu o pagamento, uma vez que o cliente paga com cartão de crédito e o site emite um cupom que lhe dá o direito de consumir o produto. Um percentual da venda fica com o site e outro é repassado ao fornecedor.

A vítima relatou que tentou manter contato com empresa, sem sucesso, pois o escritório de Cuiabá estaria fechado.
Um sócio do site e o gerente foram interrogados na última terça-feira (20). Os dois relataram que o site lança a oferta e o pagamento é feito para uma empresa credenciada a vários cartões de créditos, que fica com 5,6% do valor e repassa 22,4% para o site. O anunciante recebe um total de 70% da venda. Este pagamento que deveria ser repassado às empresas fornecedoras foi apropriado pelos sócios do site, que alegaram ter comprado um terreno e por isso precisaram usar o dinheiro.

A delegada Valéria Pimenta, informou que após as queixas dos fornecedores o site suspendeu as vendas, mas a página ainda está em atividade. Conforme a delegada, até agora nenhum consumidor que adquiriu os serviços reclamou na polícia. "O consumidor que contratou o site foi lesado e isso está comprovado. Já o consumidor da ponta, que comprou, pagou e se não recebeu o produto também foi lesado, porém este ainda não reclamou", disse. O gerente e o sócio foram indiciados por apropriação indébita. "O prejuízo aqui foi para as empresas fornecedoras", frisou a delegada.

A delegada orienta as vítimas formalizarem a denúncia com o registro de boletim de ocorrência, seguido de cópia do contrato, cheques protestados e outros documentos que comprovem o vínculo com site e a falta de pagamento. Já o consumidor que adquiriu o produto suspenso pelo fornecedor, deve também fazer o registro munido do recibo de compra. Todas as vítimas serão intimadas para depor na delegacia.

 

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