Um investigador de Polícia Civil confirmou, há pouco, ao Só Notícias, que policiais da Delegacia Especializada de Roubos e Furtos (Derf) cumpriram mandado de prisão contra um dos comparsas do jovem, de 19 anos, acusado de tramar a morte do pai, João Bento de Espíndola, 44 anos, em agosto deste ano. O homem foi baleado e morto, quando estava em casa, na rua das Jussaras, no bairro Jardim Violetas.
A identidade nem local da prisão foram confirmados. Um terceiro suspeito ainda está foragido. No mês passado, a justiça decretou a prisão preventiva do filho de João Bento. Segundo a denúncia oferecida pelo Ministério Público Estadual (MPE), com base nas investigações da Polícia Civil, o rapaz teria contratado o assassinato do genitor para receber uma herança.
Na época do crime, a Polícia Civil investigou um possível roubo, com base na versão de que bandidos entraram na casa e dispararam contra João Bento. No entanto, conforme a denúncia, o jovem teria combinado a simulação do assalto com outros dois suspeitos, um deles ainda não identificado.
“Desta forma, os denunciados adentraram a residência, simulando um roubo e foram até o quarto da vítima, que estava dormindo, e, sem que ela pudesse esboçar qualquer reação de defesa desferiram um disparo de arma de fogo no globo ocular da vítima João Bento Espíndola, que resultou em choque neurogênico, o que ocasionou a sua morte”, narra a denúncia.
Para a juíza da 1ª Vara Criminal, Rosângela Zacarkim, “tais fatos revelam a brutalidade do comportamento, demonstrando, assim, maior ousadia criminosa dos representados, evidenciando sua periculosidade, de modo que a decretação da prisão preventiva é única medida cautelar capaz de resguardar a ordem pública”.
O filho de João foi preso ainda em setembro e segue no presídio Osvaldo Florentino Leite, o “Ferrugem”. Ele e o outro suspeito identificado foram denunciados por homicídio qualificado.
Conforme Só Notícias já informou, os bombeiros foram até a residência, mas João Bento não resistiu aos ferimentos. No boletim de ocorrência é relatado que um criminoso, usando “jaqueta verde”, ameaçou a esposa da vítima, que estava desesperada, “para não se meter porque, do contrário, mataria ela também”. É descrito ainda que o casal estava dormindo e ela acordou com barulho, viu um suspeito sair do quarto muito rápido e “se levantando viu seu marido sangrando na cama”.
De acordo com uma fonte policial, eles fugiram com a caminhonete Hilux prata da vítima. Sob a mira de arma, o filho de João foi obrigado a dirigir a caminhonete pela região do bairro Daury Riva e foi solto em seguida. A caminhonete foi localizada, no dia seguinte, no bairro Maria Carolina 2, com uma marca de tiro no parabrisa.
João trabalhava como construtor. Ele foi velado e sepultado em Sinop.