O delegado de Polícia Civil, Braulio Junqueira, afirmou enviará ofício ao secretário municipal de Educação, Hedvaldo Costa, onde pede a relação de todos os funcionários da a creche Municipal Neusa Nadir Graf, no bairro Boa Esperança, onde uma criança, de 1 ano e 4meses levou cerca de 30 mordidas. O caso aconteceu na terça-feira (16). As investigações podem durar mais de um mês. “A expectativa é que no mínimo pelo prazo de 30 dias”, afirmou o delegado, ao Só Notícias. Os pais da criança já formalizaram a queixa à polícia, que inclusive, tirou fotos do corpo do garoto. O exame de corpo de delito também foi requisitado.
O secretário Hedvaldo confirmou 1ue uma sindicância foi aberta para ser apurado que aconteceu na creche. “Não sou juiz mas acho muito estranha uma criança receber 30 mordidas. Também não sou delegado que tem essa visão, mas quando uma criança morde a outra os gritos são tão altos que espantam as outras. Elas têm pavor, saem de perto, então, isso é muito estranho. O que a administração deve fazer, nós fizemos”, afirmou, ao acrescentar também ter entrado em contato com a polícia.
Hedvaldo também explicou monitores ficam com as crianças, o tempo todo, nas unidades. “Ficam e no horário de almoço fica uma em cada sala, porque o pessoal tem que almoçar. Não fica nenhuma sala sem nenhuma pessoa”, disse. “Alguém me questionou: Ah, mas a técnica não é pedagoga e obrigatoriamente tem que ter uma pedagoga [que precisa estar em sala]. Um analfabeto sabe se uma pessoa está sendo mordida ou não, isso independe de formação. Então, uma pessoa semianalfabeta ou analfabeta total pode cuidar de uma criança. E uma mordida, o escândalo já é grande, 30, só se a criança desmaiou, o que não aconteceu. É muito estranho. Foi uma agressão muito brusca”.
A criança foi agredida enquanto a professora diz ter ido ao banheiro e se ausentado da sala, por aproximadamente cinco minutos. O menino teve ferimentos nas pernas, costas, braços, rosto e principalmente nas orelhas. Foi encaminhado ao Pronto Atendimento e passou por exames. De acordo com a versão da creche, outro aluno da mesma idade teria cometido a agressão. No entanto, o laudo médico e a sindicância devem esclarecer a versão.