Depois das discordâncias nos depoimentos do casal acusado de matar Silvia Bertolazi, de 40 anos, e sua filha Renata, de 12, no mês passado, a polícia pode fazer a reconstituição do crime. Segundo o delegado Richard Damasceno, o objetivo é obter maiores detalhes, já que nenhum dos acusados admite ter dado as facadas e marteladas que mataram brutalmente mãe e filha.
Nivaldo Moreira Kienen alega que sua amásia Simone Simoni Relhers foi a autora do duplo homicídio. Ela nega e joga a culpa no marido. “Primeiramente vamos ver com a perícia se há condições e elementos necessários para fazer a reconstituição”, explicou o delegado.
Silvia e Renata foram encontradas mortas dentro de casa, na rua das Seringueiras, no bairro Jardim Botânico, por outra filha. O caçula de 4 anos também levou uma martelada na cabeça, mas resistiu e foi socorrido para um hospital. Nivaldo e Simone foram presos dois dias depois. Eles moravam a cerca de 100 metros da casa das vítimas.
Testemunhas viram o casal saindo da residência minutos depois de ouvirem gritos. Simone alegou que chegou na casa quando o amásio já tinha matado Silvia e a adolescente. Mas ele nega e diz que estava com Silvia quando a amásia chegou e matou as duas.
A polícia acredita que o motivo do crime tenha sido passional e que os dois tenham participação. Amostras de sangue foram colhidas em roupas do casal e serão comparadas com das vítimas, o que pode comprovar a autoria.