O delegado de Polícia Civil, Ugo Mendonça, detalhou há pouco, em entrevista coletiva, o pedido de exumação do corpo da criança de, 3 anos, falecida no último dia 8, após atendimento na Unidade de Pronto Atendimento Anete Maria Mota Maria (UPA 24h). O procedimento foi feito, esta manhã, no cemitério, pela Politec e, segundo o delegado, a polícia investiga possível negligência médica.
“Infelizmente, é uma situação lastimável com a perda de uma criança, que tinha toda a vida pela frente. Isso requer mais cuidado ainda nas investigações. Esse tipo de exame apesar de invasivo ele é necessário para que a perícia possa detectar possível negligência, imprudência e imperícia que é quando ocorre nesses casos de atendimentos médicos”, explicou.
De acordo com Ugo, a polícia agora aguarda o resultado do exame, sem data ainda prevista. “Foi feito o pedido desse exame, agora vamos aguardar o laudo para confirmar a situação de possível imperícia ou imprudência no atendimento”. “A família me procurou quando a gente foi informado da situação, do atendimento da criança da evolução da doença que ela apresentava, do atendimento médico e toda a situação. Isso tudo leva um tempo para ser apurado, mas a ação é necessária ser feita com urgência devido quando mais passa o tempo, mais deteriora o corpo”, acrescentou o delegado.
Segundo Ugo Mendonça, devem prestar esclarecimentos os profissionais que atenderam a criança. “Vamos começar a identificar quem estava nos dias, que foram três que ficou em atendimento. Vamos intimar os enfermeiros e médicos que trabalharam no local. Assim que chegar a perícia podemos chegar em alguma conclusão”, expôs.
Caso seja confirmada negligência, o profissional envolvido deve responder criminalmente. “É bem possível (erro médico), uma situação de imperícia no atendimento da criança”, acrescentou o delegado. Se as investigações constatarem que houve erro, os responsáveis podem responder por “homicídio culposo e além de responder criminalmente caso seja comprovado, o eventual responsável ainda responde administrativamente ao órgão que cuida dessa parte”, concluiu.
Conforme Só Notícias já informou, a prefeitura de Sinop, no último dia 12, determinou ao Instituto de Gestão de Políticas Públicas (IGPP), que faz a gestão da unidade, a abertura, imediata, de sindicância para apurar o atendimento e os protocolos adotados que envolveram a morte da criança, culminando no afastamento da médica. A prefeitura informou ainda que a “criança foi levada a UPA 24h, no dia 7, com queixa de deficiência respiratória, tendo, em poucas horas, agravamento do seu quadro clínico. De acordo com a direção da unidade, todos os protocolos médicos foram aplicados, no entanto, na madrugada do dia 8 de março, a paciente evoluiu a óbito”.
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