A Polícia Civil e peritos do Instituto de Criminalística começaram, agora há pouco a reconstituição do duplo homicídio de Silvia Bertolazi, 40 anos, e sua filha Renata, de 12 anos, brutalmente assassinadas a marteladas e facadas, no dia 15 de fevereiro, na residência onde moravam, na rua das Seringueiras, no Jardim Botânico. Os acusados Nivaldo Moreira Kienen e Simone Simoni Relhers – que negam a autoria e se acusam, chegaram algemados. A acusada foi a primeira a entrar na residência, onde começou a relatar os detalhes do crime. Dois bonecos de plástico foram levados pela polícia e para simular os corpos de mãe e filha e os acusados devem detalhar os homicídios.
Segundo o delegado Richard Damasceno, as informações apresentadas por ambos servirão para explicar como o fato ocorreu, pois negam ter dado as facadas e marteladas em mãe e filha. “Procuramos com a reconstituição aproximar os fatos da realidade do dia do crime. Estamos com dois peritos aqui e também algumas fotos. O depoimento deles que nós aproveitamos é a parte em que confirmam estar no dia do crime. Agora, o envolvimento e as facadas e marteladas nas vítimas eles mentiram”, disse, ao Só Notícias.
A perícia deve elaborar em até dez dias um laudo da reconstituição, que deverá ser incluído no processo. “Se realmente trouxer fatos novos nós poderemos fazer um novo interrogatório para esclarecer mais no inquérito”, acrescentou o delegado. Também é aguardado o resultado de um exame de DNA, que pode comprovar a autoria do crime, feito com as amostras de sangue colhidas em roupas do casal e que serão comparadas com das vítimas. A previsão é que seja concluído em trinta dias. “Ele é complexo e é feito em Cuiabá. Temos outras provas como o próprio depoimento deles e das testemunhas”, acrescentou o delegado.
Uma testemunha que viu ambos também esteve na reconstituição. O casal foi preso dois dias após o crime e negou envolvimento. Eles moravam a cerca de 100 metros da casa em que Silvia e a filha. O filho caçula de Silvia, que estava na casa também levou um golpe de martelo na cabeça, mas sobreviveu. Testemunhas informaram que viram Nivaldo e Simoni saírem da casa da vítima, minutos depois de ouvirem gritos e muito barulho.
Os corpos foram encontrados quando outra filha de Silvia foi até a residência visitar a mãe, e se deparou com os corpos.