A Polícia Civil acaba de confirmar que o corpo encontrado, esta manhã, é de Zuilda Correia Rodrigues, de 43 anos, desaparecida desde 27 de setembro. Ela foi assassinada e o corpo jogado em uma tubulação nas proximidades do Centro de Eventos Dante de Oliveira. “Quem matou é um policial militar que está preso e o marido (Ronaldo Rosa) permanece foragido. A prisão preventiva dele já foi representada (ao judiciário)”. “Ele (policial) confessou o crime e alega que iriam dar um susto nela, a situação saiu do controle e acabou resultando na morte da Zuilda”, disse o delegado Carlos Muniz, da DHPP, em entrevista coletiva.
Inicialmente, de acordo com a investigação, a tentativa seria dar um susto na enfermeira simulando tentativa de assalto. Ela foi dominada, próximo de casa, quando dirigia sua caminhonete. “Eles (Zuilda e o marido) enfrentavam problemas de relacionamento. Agora vamos pontuar os motivos reais”. “O policial teria sido convidado pelo marido e a ação não deu certo”. “Ela teria sido morta por espancamento”. “As agressões pesadas teriam partido de Ronaldo e a vítima teria apagado ali e, a princípio, ela estaria morta. A ideia do local (onde o corpo foi jogado), segundo ele, teria sido do Ronaldo e teria ido junto mas a ação em si teria sido do Ronaldo. Só que todas essas informações têm que ser investigadas no bojo de provas e tudo isso será, agora, a confluência das provas”, expôs.
“Estamos falando aqui da confissão do suspeito. Temos que confrontar com as provas técnicas e materiais”. “Temos bastante provas técnicas”. “Agora, vamos pontuar os motivos reais”, acrescentou o delegado ao expor os próximos passos da investigação. Os dois não estavam encapuzados e de acordo com as investigações no carro havia marcas de sangue e cabelos da enfermeira.
O coronel Wesney de Castro Sodré, comandante regional da PM, informou que o soldado Marcos Vinicius Pereira Ricardi, 26 anos, respondia processo demissório e por isso estava trabalhando na entrega dos espetinhos e estava afastado das suas funções. Ele entrou na corporação em 2015. Não foi confirmado se ficará preso em Sinop ou será transferido para presídio militar.
O soldado trabalhava no espetinho, que era do marido da enfermeira, e era conhecido dos dois. O delegado acrescentou que, “a partir do momento que foi apurado que o policial militar estava envolvido, o comando da PM se colocou prontamente a disposição da Polícia Civil (nas investigações). Eles trabalharam conosco até a localização do corpo. Quero agradecer a PM que ajudou a localizar o corpo, também ao trabalho do Corpo de Bombeiros e da Politec”. Ele também enalteceu o trabalho dos investigadores da DHPP.
O delegado vai, inicialmente, autuar o soldado por ocultação de cadáver e solicitou ao judiciário sua prisão preventiva (tempo indeterminado) “em relação feminicídio porque a Zuilda foi morta por sua condição de mulher, enquadrando na qualificadora do tipo penal”.
Conforme Só Notícias já informou, o corpo da enfermeira foi jogado no bueiro e levado até o córrego na estrada Ruth, na região do bairro Jardim Terra Rica. Policiais conseguiram encontrá-lo após a detenção do soldado, principal suspeito de envolvimento no crime. Foi usado um drone para sobrevoar a mata e, para chegar no local, foi preciso abrir uma picada.
Zuilda residia na avenida dos Tarumãs, Setor Comercial Sul. O corpo está no Instituto Médico Legal e será sepultado nesta quarta-feira pela manhã. Não haverá velório.