O Instituto Criminal de Sinop concluiu, na sexta-feira (5), o laudo que apura as circunstâncias sobre a morte do operador de máquinas, Juarez Rodrigues, 26 anos, ocorrido no dia 16 do mês passado. Dois peritos estiveram à frente das investigações, Leandro Valendorf e Patrícia Rosinke. Eles declararam, ao Só Notícias, que a perícia trabalha com duas hipóteses.
A primeira é a de que o rapaz foi levado até o rio e teve a cabeça cortada no local. Em seguida, o corpo foi enterrado e a cabeça jogada na água para atrapalhar a identificação e as investigações. A segunda é a de que Juarez, teria recebido um tiro na cabeça, em seguida foi decapitado e teve a cabeça ocultada (até hoje não foi encontrada). A identificação do corpo de Juarez só foi possível por meio de uma tatuagem de uma cobra no braço.
Leandro ainda confirmou que foram encontrados, após a necropsia, dois fios de cabelos, que supostamente são de Juarez. O material será remetido para Cuiabá para análise de DNA . Um anzol também foi encontrado cravado na mão da vítima. A faca encontrada no local do crime, três dias depois, não foi detectado nenhum sinal de sangue humano pelo fato de estar na água.
Outra circunstância importante, é o fato de que na lona encontrada próximo ao local onde o corpo foi enterrado havia também uma sacola de uma empresa de Santa Carmem (35 quilômetros de Sinop) e um panfleto promocional da mesma empresa que não teve o nome revelado. Para o perito, não será difícil saber em qual empresa a lona foi comprada, o que pode se tornar peça chave nas investigações conduzidas pela Polícia Civil.
Valendorf afirmou que não havia nenhuma lesão no corpo, marcas de tortura ou espancamento. Como a lona estava na água, nenhuma digital foi detectada a princípio. O Instituto Criminal explicou que durante este período foram realizados três laudos, sendo uma necropsia, um no local que confirmou a presença de sangue humano e o terceiro exame pelo médico legista.
Os laudos já foram encaminhados ao delegado responsável pelas investigações, Joacir Batista dos Reis, para ajudar no processo que investiga morte do operador. O corpo dele foi localizado enterrado próximo ao Rio Nandico, a 40 quilômetros de Sinop na BR-163, no dia 23 do mesmo mês. O cabo PM César Fernandes, e o soldado PM José Paulo Silva e Sousa, são investigados. Uma cópia também foi solicitada pelo Comando da Polícia Militar, que apura o caso administrativamente.