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Sinop: justiça autoriza exumação de mulher assassinada há 24 anos pelo marido e enterrada em casa

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Só Notícias/David Murba (foto: Só Notícias/Guilherme Araujo)

O delegado de Polícia Civil, Ugo Ângelo Reck de Mendonça, acaba de confirmar, ao Só Notícias, que a justiça emitiu autorização para escavação em uma residência, no Jardim das Palmeiras, e ser feita a exumação de restos mortais que seriam de Luzineide Leal, 28 anos, considerada desaparecida desde 1994. Os trabalhos começarão amanhã de manhã com a Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec).

O assassinato da mulher foi confessado na delegacia de Polícia Civil, há poucos dias, pelo marido Jairo Narcísico da Silva, 64 anos. Desde outubro daquele ano ela é considerada desaparecida. Ele teria usado uma barra de ferro para golpeá-la na cabeça, enquanto dormia, e enterrado o corpo em um banheiro no quarto que estava construção.

Ontem, o delegado disse que Luzineide trabalhava “e ele tinha ciúmes porque ela gostava de festas, de sair, alguma coisa nesse sentido e  que “ele fez um boletim de ocorrência na época. Conseguimos localizar nos arquivos, boletim original escrito a mão, onde ele narra um desaparecimento e cita que a esposa teria fugido com um amante e que não teria conhecimento para onde ela teria ido. Mentiu esses anos todos para os filhos. Ele teve uma filha com ela de 5 anos e tinha um só dela de 8 anos. Alguns parentes dela estavam na casa no dia, mas ninguém ouviu nada porque foi de madrugada, provavelmente a casa deve ter um tamanho razoável e como ele matou ela em cima da cama, praticamente não fez barulho. Ele estava construindo um banheiro, no quarto, possivelmente foi ali que enterrou o corpo”.

 

Ainda de acordo com o delegado Ugo, também foi ouvido o “atual proprietário que confirma que comprou essa casa dele na época. Várias informações estão coincidindo, o que leva a crer que realmente o corpo de vítima esteja no local. Precisamos de uma autorização judicial para entrar e começar a escavar. Ele disse que enterrou ela com joias e documentos para simular a fuga com o suposto amante, ou seja, tudo premeditado”, acrescenta.

Jairo disse para a polícia que “foi justamente porque a consciência dele teria pesado e confessou. Falamos que demorou bastante para pesar. Não sei se ele foi orientado que possivelmente teria prescrito o crime de homicídio. Não duvido disso”. “Infelizmente, está em liberdade”, declarou o delegado.

“Não justifica o crime, infelizmente lamentável. No entanto, como já tem mais de 20 anos, o prazo de prescrição penal máximo é de 20 anos. Como tem quase 25 anos, acho que a chance desse homicídio estar prescrito é bem grande. No meu entendimento o crime de ocultação de cadáver ainda restaria para ser apurado. Porque seria um crime permanente. Como só agora esse corpo vai ser identificado, que ainda não localizamos, entendo que pelo menos pela ocultação ainda pode responder”.

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