Continuam as investigações para descobrir a origem do três morteiros, uma granada e de algumas munições encontradas, na última semana, em uma residência na rua das Samambaias, próximo ao estádio. O delegado municipal de polícia, Joacir Batista dos Reis, disse ao Só Notícias, que uma equipe de especialistas em explosivos deve estar no município, nesta semana, trabalhando juntamente com uma equipe do Exército. Eles vão fazer uma espécie de “raio-x” no imóvel onde as munições estavam enterradas, para saber se há mais. “Vai ser feito uma varredura no local, com detector de metais para verificar se haveria ou não outros dispositivos ali”, disse. Em seguida, deve ser verificada a origem dos materiais, o que ficará a cargo do Exército.
A casa onde os explosivos foram encontrados é alugada e, até o momento, além da família da criança que achou as munições, já foram ouvidos também o proprietário e o ex-inquilino, que é cunhado da atual. “Ele mora no Paraná e também é uma pessoa simples e não sabe nem dizer o porque desse objeto localizado e garantiu que não tinha essa informação”, explicou o delegado. “Por enquanto, todas as pessoas ouvidas alegam não ter conhecimento desses materiais”, disse.
Agora, a delegacia deve manter as buscas por outros ex-moradores da casa. “Vamos tentar localizar a pessoa que teria deixado esse material ali, apesar da dificuldade que é. Mas vamos trabalhar com os moradores para ver se alguém tem ciência do quem tenha deixado esse material”, apontou.
A hipótese de que o material possa ter sido deixado por outras pessoas que não tenham sido moradoras da casa não é descartada já que, segundo o delegado, o ex-inquilino deixou a casa vazia durante 2 a 3 meses enquanto viaja ao Paraná. “Foi quando ele [inquilino] veio, falou que ia mudar e pediu para a cunhada ser a nova inquilina”, disse Joacir.
Os armamentos são de uso exclusivo do Exército e a primeira hipótese trabalhada foi a que os materiais teriam sido deixados pelo 9º Batalhão de Engenharia Civil (BEC), no entanto, foi descartada. De acordo com o delegado, esse material não é usado pelo batalhão “Se fosse, estaria em uma profundidade mínima de um metro, um metro e meio abaixo do aterro, mas como estava bem a flor da terra, é provável que tenha outra origem”, destacou.
Conforme Só Notícias informou, as munições foram localizados por duas crianças, de 8 e 6 anos, que brincavam no quintal da casa, na rua das Samambaias, próximo ao estádio. Quando encontraram um dos morteiros, chamaram a mãe, Regina Ferreira dos Santos, para ver “um cano”. Ela achou estranho o que viu e acionou a polícia.
No sábado, militares do Exército estiveram, junto com o delegado, fazendo uma primeira análise da casa que, nesta semana, terá equipes da civil e Exército trabalhando no local em busca de novas munições.
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