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Sinop: enfermeira assassinada é sepultada; polícia busca localizar marido e soldado está preso

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Só Notícias/Editoria com David Murba/Cleber Romero (fotos: Só Notícias/Guilherme Araujo/reprodução/TV Cidade)

O corpo da enfermeira Zuilda Correia Rodrigues, 43 anos, foi sepultado, esta manhã, sob forte comoção de familiares, amigos, colegas de trabalho -enfermeiros, médicos-. O clima era de revolta e indignação. Não houve velório. A enfermeira estava desaparecida desde 27 de setembro e seu corpo foi encontrado por policiais e bombeiros, ontem de manhã, em um córrego.

Ela foi assassinada, jogada na tubulação nas proximidades do Centro de Eventos Dante de Oliveira e a água das chuvas levou o corpo até o córrego. “Quem matou é um policial militar (Marcos Vinicius Pereira Ricardi) que está preso e o marido (Ronaldo Rosa) permanece foragido. A prisão preventiva dele já foi representada (ao judiciário)”. “Ele (policial) confessou o crime e alega que iriam dar um susto nela, a situação saiu do controle e acabou resultando na morte da Zuilda”, disse, ontem à tarde, o delegado Carlos Muniz, da DHPP – Delegacia de Homicídio e Proteção a Pessoas –

A polícia está buscando pistas para localizar e prender Ronaldo que é considerado foragido. A enfermeira foi dominada, em sua caminhonete, próximo de casa. “Ela teria sido morta por espancamento”. “As agressões pesadas teriam partido de Ronaldo e a vítima teria apagado ali e, a princípio, estaria morta. A ideia do local (onde o corpo foi jogado), segundo ele, teria sido do Ronaldo e teria ido junto mas a ação em si teria sido do Ronaldo”, detalhou o delegado. “Eles (Zuilda e o marido) enfrentavam problemas de relacionamento”. “O policial teria sido convidado pelo marido e a ação não deu certo”.

Ronaldo, marido de Zuilda, tinha um ponto de venda de espetinhos, no centro da cidade, e o policial trabalhava fazendo entregas. Inicialmente, de acordo com o que o delegado apontou, a tentativa seria dar um susto na enfermeira simulando tentativa de assalto e a situação teria saído do controle.  “Estamos falando aqui da confissão do suspeito. Temos que confrontar com as provas técnicas e materiais”. “Temos bastante provas técnicas”. “Agora, vamos pontuar os motivos reais”, acrescentou o delegado ao expor os próximos passos da investigação. Os dois não estavam encapuzados e de acordo com as investigações no carro havia marcas de sangue e cabelos da enfermeira.

O delegado Carlos Eduardo vai, inicialmente, autuar o soldado por ocultação de cadáver e solicitou ao judiciário sua prisão preventiva (tempo indeterminado) “em relação feminicídio porque a Zuilda foi morta por sua condição de mulher, enquadrando na qualificadora do tipo penal”.

O coronel Wesney de Castro Sodré, comandante regional da PM, informou que o soldado Marcos Vinicius Pereira Ricardi, 26 anos, responde processo demissório, por isso estava trabalhando na entrega dos espetinhos e estava afastado das suas funções. Ele entrou na corporação em 2015.

Conforme Só Notícias já informou, o corpo da enfermeira foi jogado no bueiro e localizado no córrego na estrada Ruth, na região do bairro Jardim Terra Rica. Policiais conseguiram encontrá-lo após a detenção do soldado. Além de vaculharem a tubulação, policiais tiveram apoio de um drone para sobrevoar a mata onde ‘passa’ o córrego. Foi preciso abrir uma picada para chegar no local onde estava o corpo.

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