Empresários sinopenses e funcionários fazem, hoje, manifestos contra violência após os últimos assaltos ocorridos. Representantes comerciais, como os que reagiram a ação de dois assaltantes em uma relojoaria na avenida Júlio Campos recentemente, organizam uma passeata, às 16h, com saída da praça Plinio Callegaro até a nova câmara (avenida das Figueiras) onde haverá audiência pública, às 17h, com o secretário de Segurança, Diogenes Curado, deputados estaduais, vereadores, cúpula da polícia e representantes de entidades.
A CDL Sinop está reforçando a mobilização. “Esta passeata está sendo organizada pelo nosso filiado, o lojista Lucio Flavio Mendes da Silva, de uma joalheria que foi assaltada as 8 horas, na última terça feira. E estamos apoiando o manifesto porque ele não é o único que esta sofrendo com a falta de segurança e a violência. Este é um problema que tem feito parte de nosso dia a dia e devemos lutar contra isso”, disse o presidente da Câmara dos Dirigentes Lojistas, Afonso Teschima Junior.
A ACES – Associação Comercial e Empresarial- também está apoiando o manifesto e mobilizando empresários para participar.
A mobilização ocorre após dezenas de assaltos e, em alguns casos, empresários e funcionários acabaram reagindo. Foram 2 casos em menos de 20 dias. Em uma lanchonete, dois assaltantes chegaram e um ficou na porta dando cobertura. O outro foi surpreendido pelo dono que conseguiu, com ajuda de clientes, desarmá-lo. O ladrão acabou levando uma surra e foi preso. O outro fugiu. Na tentativa de assalto a joalheria, esta semana, proprietário e funcionários reagiram, desarmaram um ladrão -que acabou apanhando-, o outro fugiu mas acabou sendo preso. Na segunda-feira (3), dois bandidos roubaram cerca de R$ 8 mil de uma lotérica, instalada em um supermercado no bairro São Cristóvão. Os ladrões usavam capacetes, renderam as operadoras de caixa, clientes que estavam nas filas, pegaram o dinheiro e fugiram em uma moto.
A audiência, conforme Só Notícias informou, é promovida pela Assembleia Legislativa e tem como objetivo debater os problemas de segurança na região Norte. A constante onda de assassinatos e de assaltos a bancos e residências seriam o mote das discussões.
Em Sinop, de janeiro a agosto, foram registrados pelo menos 352 roubos e 1.385 furtos segundo levantamento da Polícia Judiciária Civil. Os homicídios, até então, somavam 24.
(Atualizada às 14h05)