O delegado da Polícia Federal de Sinop, Gabriel Costa, confirmou que a principal irregularidade constatada em uma loja, localizada no centro, ontem à tarde, foi o fato da grande quantidade de munições não estarem cadastradas no sistema do Exército. A informação foi repassada durante coletiva de imprensa, realizada esta manhã, na sede da PF do município. “O Exército não tinha condições de dizer se aquelas munições seriam vendidas para pessoas que possuem armas legais ou para criminosos”.
O delegado confirmou que foi apreendido uma grande quantidade de munições e também alguns outros objetos. “Esta quantidade chamou a atenção do Exército por ser superior ao estoque permitido. Além disso, as munições estavam guardadas no escritório da empresa, ou seja, longe do cofre e poderiam ser facilmente subtraídas por algum assaltante”.
O proprietário da empresa foi preso em flagrante, prestou depoimento, ontem à tarde ainda, e posteriormente encaminhado ao presídio Osvaldo Florentino Leite, o “Ferrugem”, segundo o delegado. “Ele está à disposição da justiça e vai responder pelo crime de comércio ilegal de arma de fogo previsto no estatuto do desarmamento, que prevê pena de reclusão de quatro a oito anos”.
O Exército contabilizou e confirmou a apreensão de cerca de 120 mil munições de diferentes calibres, 61,4 quilos de pólvora, 17.148 espoletas, uma espingarda e outros produtos controlados. Tudo foi recolhido e encaminhado à sede da Polícia Federal, que auxiliou na ação.
O delegado da PF confirmou também que este trabalho fez parte da operação “Midas Norte” e foi realizado na quarta e quinta-feira. Foram fiscalizadas empresas que comercializam armas e munições.
Conforme Só Notícias já informou, a empresa é legal e tem autorização para a venda de munições. No entanto, a irregularidade estaria relacionada apenas ao material apreendido. A venda destas munições tem um controle e um sistema rígidos. A loja tem que reportar quando compra o material e também quando revende.
(Foto: Só Noticias/Vanessa Fogaça e Ricardo Ridel)