As denúncias encaminhadas em uma carta pelas reeducandas da cadeia feminina de Sinop foram rebatidas pelo coordenador José Magalhães, responsável pela unidade. Ele expôps que a alimentação passa por fiscalização de uma nutricionista, "inclusive nós [funcionários] comemos da mesma comida", disse, ao Só Notícias.
Atualmente 80 reeducandas estão distribuídas em nove celas. Todas têm atendimento médico uma vez por semana. A distribuição de medicamentos é feita com critério. "Temos os medicamentos de uso básico, outros para problemas de saúde específicos são solicitados. Porém temos que ter critério para o consumo, se entregarmos tudo, algumas detentas tomam de uma vez", esclareceu.
O coordenador ainda apontou que a parte elétrica realmente está com problemas, por se tratar de uma fiação antiga, cerca de 30 anos. Está prevista a visita de um engenheiro sanitarista e um engenheiro elétrico para sanar os problemas. "Conversei com o departamento de infraestrutura do sistema e R$ 20 mil serão encaminhados para os reparos", completou. A data ainda não foi definida.
Magalhães afirmou que, mensalmente, são feitas visitas pelo juiz corregedor João Guerra e o representante dos Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil, em Sinop, Denovan Izidoro de Lima, para fiscalizar a cadeia.
As reeducandas, conforme Só Notícias já informou, apontaram, em uma carta, encaminhada ontem, que algumas estariam sendo, supostamente, mal tratadas e estariam sem medicamentos. Sobre a comida, disseram encontrar cabelos e geralmente vem "azeda". Relataram ainda que a instalação está precária, celas superlotadas e poucas providências foram tomadas. Além do mau cheiro e vasos que transbordam.
Parte das mulheres presas foi encaminhada pela polícia de outros municípios como Sorriso, Lucas do Rio Verde, Nova Mutum, Tapurah, Juara e até Diamantino. Cerca de 90% delas respondem por tráfico de drogas