O 2º tenente da Polícia Militar de Sinop Efraim Augusto Gonçalves, os soldados Sílvio Augusto Carvalho Carneiro e Wilson Egues dos Santos foram afastados, hoje, temporariamente das atividades externas, devido à acusação de espancamento em Juliano Ferreira da Cruz, que faleceu hoje de manhã. Eles ficarão desempenhando serviços internos, por tempo indeterminado. A decisão é do coronel Nerci Denardi, comandante regional. O tenente e os dois soldados fizeram a abordagem ao jovem, no sábado.
Denardi declarou, ao Só Notícias, que o comando recebeu toda a documentação e instaurou um inquérito policial para apurar o caso. O inquérito tem prazo de 40 dias para ser concluído, podendo ser prorrogado por mais 20. O coronel disse ainda que, se a família de Juliano estiver recebendo ameaças por ter denunciado os policiais, deve procurá-lo ou a delegacia e denunciar este “crime”.
A família de Juliano diz que ele foi abordado pelos PMs, acabou espancado e levado ao Pronto Atendimento, sendo transferido para UTI de um hospital, onde acabou falecendo. A versão da PM, apresentada pelo major Vilas Boas, responsável do CPA (Comando de Policiamento da Área), é que Juliano foi abordado por suspeita de portar drogas e teria tentado fugir por um lago, onde acabou se ferindo, sendo socorrido pelos soldados.
O laudo do Instituto Médico Legal deve ser uma peça importante para desvendar o caso. Hoje de manhã, o delegado municipal de Polícia Civil, Joacir Batista dos Reis, disse ter um laudo de corpo delito mostrando “diversas lesões. É muito rico em detalhes, mas ainda não sabemos os motivos do óbito. O inquérito já foi instaurado e serão tomadas todas as providências, imputando a responsabilidade a quem tenha sido responsável, se for comprovada culpa”, falou.
Juliano trabalhava em fazenda. Atualmente estava desempregado. Era casado e tinha uma filha de 10 meses. O velório é na casa de familiares no bairro São Cristóvão.
Ano passado, conforme Só Notícias informou, um pedreiro foi morto por soldados da PM, após ser espancado dentro da delegacia municipal. O crime está prestes de completar um ano um policial poderá ser submetido a júri popular. A Polícia Militar ainda não explicou a punição que ele sofreu até agora.
(Atualizada às 17:55h)
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