Trabalhar como taxista exige, além de paciência, coragem. O profissional nunca sabe quem é seu passageiro e se sujeita a diversas situações. Mesmo não havendo uma estatística oficial, nos últimos três anos pelo menos três profissionais foram vítimas de latrocínio (roubo seguido de morte) em Sinop, de acordo com um balanço extra-oficial de Só Notícias. O caso mais recente foi ontem com a localização do corpo de Adjovânio José Santana, 45 anos, às margens da BR-163, aproximadamente 15km do centro de Sinop. Ele foi brutalmente assassinado: teve perfurações nas costas, peito, punho e degolado. Dois suspeitos pelo crime foram presos em Paranaíta (370 km de Sinop). Ovídio Pereira da Silva, 51 anos, e Claudemir Pereira da Silva, 30, foram encontrados em um bar, conforme Só Notícias já informou, e estavam com o carro do taxista. Claudemir saiu do presídio Ferrugem, em Sinop, há cerca de 30 dias onde cumpria pena também por latrocínio ocorrido em Paranaíta.
Em 2005, Mauro da Silva, 50 anos, também foi assassinado e teve o carro roubado. O crime ocorreu a cerca de 200m da BR – 163, na estrada Áurea, próximo a antiga Agroquímica. O taxista levou 4 tiros, 3 no tórax e um na cabeça. Mauro era cunhado do ex-secretário municipal de Trânsito, Hedvaldo Costa. No momento do assalto, o taxista tentou se defender e acabou desferindo uma facada no peito do parceiro Adriano Silva e Silva, 18 anos, que acabou morrendo.
Alguns dias após o crime, os taxistas, colegas de Mauro, começaram a investigar e conseguiram localizar outro envolvido, Alexandre Linhares da Silva, nas proximidades do postinho, às margens da MT-220 (Sinop-Juara). Ele foi amarrado e colocado no porta-malas de um carro. Na época a polícia teve que transferir o acusado para Sorriso, por algum tempo, para evitar tentativas de linchamento.
Ainda no mesmo ano, o juiz João Manoel Guerra condenou Alexandre a 22 anos de prisão.
Também em 2005 Valdir Gonçalves Pizoto foi morto covardemente. Agnaldo Zanetoni, conhecido como Neguinho, Dorival Odair Vitoriane, popular Véio e Diogo Hernes foram indiciados pela Polícia Civil. Agnaldo confessou o crime e apontou Dorival como o executor dos três tiros que mataram o taxista
A polícia chegou até eles depois de deter um menor que estava furtando roupas em residências de Sinop. O menor entregou os dois, que foram detidos e já teriam confessado o crime.
Dorival confessou que os dois pegaram o táxi, pedindo uma corrida para o bairro industrial. No meio do caminho, eles anunciaram o assalto. O taxista foi morto com três tiros, sendo o primeiro dentro do veículo, atingindo as costas e transpassando até o peito. Já os outros dois foram no rosto, causando algumas deformações.
O carro foi abandonado em uma estrada às margens da BR-163, a 25 km do centro de Sinop.
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