A juíza da 1ª Vara Criminal, Rosângela Zacarkim, determinou que A.S.B., 30 anos, acusado de assassinar a própria mãe, Marli Terezinha Braga, 49 anos, a facadas, em uma residência, na rua das Tangerinas, no bairro Habitar Brasil, deverá ser transferido para um hospital psiquiátrico. A magistrada se baseou no laudo pericial, que apontou que em dezembro do ano passado, mês em que ocorreu o crime, o acusado, “em função de seu retardo mental moderado, era inteiramente incapaz de entender a ilicitude de seus atos e incapaz de determinar-se”.
O relatório pericial ainda destacou que a doença, da qual o suspeito é portador, causa parada total ou desenvolvimento incompleto do funcionamento intelectual, “caracterizados essencialmente por um comprometimento, durante o período de desenvolvimento, das faculdades que determinam o nível global de inteligência, isto é, das funções cognitivas, de linguagem, da motricidade e do comportamento social”. Em complemento, a magistrada destacou que o acusado “faz relato de seus delitos de forma tranquila, sem qualquer modulação afetiva ou crítica adequada da situação”.
Como forma de fazer com que o réu “permaneça abstinente de substâncias psicoativas e receba prescrição adequada de medicações para controle de sua impulsividade/agressividade”, a juíza determinou que ele seja transferido para a unidade psiquiátrica Adauto Botelho, anexa à Penitenciária Central do Estado, em Cuiabá. Caso não haja vaga, ele deverá ser internado em outro hospital psiquiátrico, em qualquer região do país.
O acusado, que até então está encarcerado no presídio Osvaldo Florentino Leite, o “Ferrugem”, deverá ser ouvido em audiência de instrução e julgamento, marcada para o dia 14 de março do ano que vem.
Conforme Só Notícias já informou, o Ministério Público Estadual (MPE) o denunciou pelo crime de homicídio qualificado, por motivo fútil e mediante “à traição, emboscada, dissimulação ou outro recurso que dificulte ou torne impossível a defesa do ofendido”.
No depoimento inicial, o acusado alegou não estar arrependido e ressaltou que o crime “demorou para acontecer”. Ele foi preso em flagrante e disse ainda que a mãe sempre brigava com ele, tendo o agredido. A versão apresentada ainda será analisada. Segundo informações policiais, o suspeito tem várias passagens por agredir a mãe.
Na residência moravam apenas mãe e filho. Eles teriam brigado e o acusado esperou ela ir dormir, pegou uma faca e desferiu dois golpes no pescoço e tórax. Marli morreu na hora.