segunda-feira, 16/setembro/2024
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Sinop: acaba motim em presídio; túnel de 15 metros é descoberto

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Quase trinta horas depois, chegou ao fim o motim dos detentos do presídio Osvaldo Florentino, o “Ferrugem”. Agentes prisionais e policiais militares estão, neste momento, realizando o remanejamento dos presos localizados nas celas 1, 2 e 3, do raio verde, para outra localidade da unidade prisional. Esta ala do presídio ficou bastante danificada e não será possível a permanência dos detentos nesta área, até que ocorra uma reforma no local.

Em entrevista ao Só Notícias, o tenente coronel PM Celso Henrique Souza Barboza (foto) afirmou que foi encontrado um túnel de aproximadamente 15 metros e que faltava em torno de sete a dez metros para que eles conseguissem chegar ao lado externo da penitenciária. O buraco começou a ser escavado na cela 1 e ia em direção aos fundos da unidade. Também foi encontrado terra nas celas 2 e 3. De acordo com o policial, ele acredita que os detentos trabalharam entre quatro a cinco dias para fazer este túnel.

Os detentos desta ala foram transferidos para o raio vermelho. Aproximadamente cem presos estavam envolvidos no motim. Três passaram mal, por já tem problemas de saúde. O tenente coronel explicou que não foi preciso uso de força para acabar com o motim. “Pela manhã, fizemos a remoção dos presos das celas 4 e 5 para celas do raio vermelho. Na parte da tarde, abrimos diálogo com os demais detentos e de forma pacífica eles decidiram acabar com o motim”.

Conforme Só Notícias já informou, o tenente coronel assumiu o comando das negociações no início da tarde de hoje. Homens do Comando Tático (Cotar) também foram acionados e entraram na unidade para reforçar a segurança no local. Os presos amotinados estavam nas celas 1, 2 e 3, localizadas no raio verde. Neste local, foram cortados o fornecimento de energia elétrica, água e também a comida. Um cerco as celas onde os detentos estavam amotinados foi realizado. Os presos destruíram totalmente as paredes que fazem a divisão entre as celas 1 e 2 e entre a 2 e 3. Colchões foram incendiados pelos presidiários nestas celas. Ainda será contabilizado o estrago feito pelos presos.

Antes que os agentes e policiais entrassem nas celas, eles passaram “marias teresas” (cordas artesanais) nas portas e se “trancaram” dentro das celas, impedindo a entrada dos policiais. A revolta seria por causa de uma revista para checar uma denúncia que os presos estariam cavando um túnel para fugir (que acabou se confirmando). Do lado de fora, onde estava toda a imprensa do município, foi possível ouvir alguns disparos. No pátio do presídio, outros agentes procuraram por um possível túnel, mas nesta localidade nada foi encontrado.

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