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Sindicato e empresários voltam a cobrar da polícia reforço no combate a roubo de cargas em MT

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Diretores do Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas de Mato Grosso (Sindmat) e 20 empresários do setor se reuniram com o novo delegado geral da Polícia Judiciária Civil, Mário Dermeval Aravechia de Resende, para mais uma vez discutir com a segurança pública ações de enfrentamento ao roubo de cargas e transportadoras no Estado. O presidente do Sindmat, Eleus Vieira de Amorim, explicou ao delegado que, desde 2017, as invasões a transportadoras e roubos de carga têm aumentado em todo o país e que a situação é crítica em Mato Grosso. “Antes de mais nada, nós parabenizamos o trabalho da Polícia Civil, e o empenho dos policiais, mas o motivo dessa reunião agora, nesse exato momento, é a preocupação que nós temos com segmento do transporte rodoviário de cargas. A situação tem tomado proporções preocupantes”, disse o presidente. Além de cargas, e objetos de valores, outra modalidade praticada pelos criminosos e é furto de peças de caminhões. Algumas chegam a custar cerca de R$ 12 mil.

Eleus ainda acusou a secretaria Estadual de Fazenda (Sefaz) de não fechar estabelecimentos ou caçar a inscrição estadual dos que são flagrados pelos crimes de receptação. “Falo para o fiscal, falo para o secretário de Fazenda que é a missão da Sefaz é apoiar a Polícia Civil. A Sefaz é omissa e não caça a inscrição das empresas que são flagradas cometendo receptação. A lei 10.258, proposta ainda na época do governo Silval Barbosa e depois aprovada e sancionada pelo governador Pedro Taques em janeiro 2015, deixa bem claro a cassação da inscrição do estabelecimento receptador, porém não se cumpre”, acusou, através da assessoria. “Aí o senhor pergunta quantas empresas que foram flagradas com produtos de carga roubada, ou o estabelecimento revendendo esses produtos, tiveram cassada a inscrição? Até hoje não vi nenhuma!”, emendou.

O delegado Mário Dermeval se mostrou também preocupado com a situação e se dispôs a deixar duas unidades da Polícia Civil no apoio ao combate dos roubos e furtos no setor. “Hoje a gente esbarra na falta de efetivo, que é um problema antigo. Isso tem nos atrapalhado bastante. Até acho que o principal para vocês seria uma delegacia especializada para combater os crimes que afligem o setor, mas como é impossível montar essa estrutura agora, vamos trabalhar em conjunto com o sindicato e também com Delegacia Especializada de Roubos e Furtos de Veículos Automotores (Derfva) e a Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO)”, garantiu.

Mário Dermeval ainda antecipou que irá criar uma sessão especial dentro de uma unidade, um setor só para isso e deixa a diretoria à disposição do segmento de transporte rodoviário de cargas.

“Estamos com a esperança de que este novo governo traga mudanças, que possa tomar providências de combater o receptador de carga roubada, porque essa é a maior praga que nós estamos enfrentando hoje, que é aquele que compra produto roubado, mas acreditamos no trabalho da polícia e que as coisas possam melhorar”, avaliou o presidente do sindicato.

A assessoria informa que os ataques a transportadoras de cargas em Mato Grosso têm se tornado corriqueiros, o que é motivo de preocupação permanente do Sindmat e de constantes reuniões com autoridades da segurança. O último caso ocorreu na noite do dia 10, quando seis homens foram presos após uma troca de tiros com policiais da Rondas Ostensivas Táticas Metropolitanas (Rotam) em uma transportadora, no Bairro Distrito Industrial, em Cuiabá. Segundo a Polícia Militar, pelo menos 10 pessoas tentaram assaltar a empresa, a Rotam foi ao local, os suspeitos chegaram a apontar armas para a Rotam, que atirou e seis assaltantes foram presos. Três criminosos foram baleados e encaminhados para o Pronto Socorro de Cuiabá. Com os suspeitos, foram apreendidas duas armas calibre 38 e um fuzil falso. Os ladrões teriam como objetivo levar um caminhão carregado com agrotóxicos e vacinas de animais.

A PM acredita que o roubo foi encomendado e a carga já tinha comprador. O caso está sendo investigado pela Polícia Judiciária Civil, acrescenta a assessoria do sindicato.

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