A secretaria de Estado de Segurança Pública de Mato Grosso informou que isolou na penitenciária Central do Estado (PCE) em Cuiabá, o suspeito de envolvimento no assassinato das irmãs Rayane Alves Porto e Rithiele Alves Porto. Também foi instaurado procedimento administrativo para apurar as questões relacionadas ao acesso de telefone celular de dentro da PCE.
Segundo informações preliminares, um dos detentos teria ‘decretado e assistido’ à execução das duas irmãs na madrugada de sábado (14), em Porto Esperidião, após saírem de uma festa. Até o momento 10 pessoas foram detidas suspeitas de envolvimento no crime.
O secretário de Segurança, coronel César Roveri, destacou que uma força-tarefa foi montada para resolução do caso. “No caso específico das irmãs, uma força-tarefa mobilizou policiais civis e militares nas cidades de Cáceres e Porto Espiridião e prendeu 10 suspeitos em flagrante, entre eles quatro adolescentes. Há uma ação enérgica integrada da Polícia Civil e Polícia Militar dando a resposta necessária do Estado”, ressalta Roveri, através da assessoria.
O secretário informa ainda que, desde o momento em que o crime chegou ao conhecimento da polícia, as equipes fizeram buscas, levantando informações sobre possíveis envolvidos e provas, e já na sequência ocorreram as prisões dos criminosos. “Continuamos com esse trabalho de forma ininterrupta para esclarecer e prender todos os envolvidos”, completa Roveri.
Os suspeitos maiores de idade foram autuados por sequestro, cárcere privado, tortura, duplo homicídio, homicídio tentado, lesão corporal, associação criminosa e corrupção de menores. Já os adolescentes foram enquadrados em ato infracional análogo aos mesmos crimes descritos acima, como prevê o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).
No dia do crime, as irmãs estavam acompanhadas de outros dois rapazes. As quatro vítimas foram rendidas pelos criminosos e obrigadas a seguirem para uma casa na região central da cidade. No imóvel as duas irmãs foram torturadas e mortas por meio de golpes de faca. Um dos rapazes também foi torturado, teve uma das orelhas e um pedaço do dedo cortado. Já o quarto jovem sequestrado conseguiu fugir e pedir socorro.
Conforme investigação inicial, o crime foi cometido em razão das irmãs terem, dias antes, tirado foto fazendo gesto que supostamente fazia menção a uma facção rival dos autores do crime.
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