Um fórum para discutir os novos caminhos e direcionamentos dos Núcleos Inteligência (NI) da Polícia Judiciária Civil, marcou o encerramento do Curso Básico de Inteligência, ontem, organizado pela Diretoria de Inteligência para capacitar 50 policiais civis, entre delegados, investigadores e escrivães, que atuam nos 23 NI's instalados nas delegacias da capital e do interior de Mato Grosso. O encontro, além dos profissionais que receberam a capacitação, contou com a participação de delegados regionais e diretores da Instituição, que participaram da discussão logo a após a palestra sobre "Inteligência x Investigação Criminal", ministrada pelo delegado Anderson Aparecido dos Anjos Garcia, que por 10 anos comandou a inteligência da Polícia Civil, foi secretário adjunto de Inteligência da Secretaria de Segurança Pública, delegado geral e continua ministrando palestras pelo Brasil sobre o tema, dentro do quadro de professores da Secretaria Nacional de Segurança Pública do Ministério da Justiça.
"A inteligência policial é uma ferramenta especializada de assessoramento na produção de prova na investigação policial. A partir do momento que a instituição consegue enxergar que a inteligência não veio ocupar espaço de ninguém, por ser uma ferramenta que está em prol da instituição, e entender que a instituição policial é muito maior que a inteligência, vamos romper a resistência que existe e conseguiremos levar a todos, o conhecimento da inteligência e criar uma cultura institucional. Daí vamos conseguir provas de maior qualidade e maior eficiência no combate à criminalidade", destacou Garcia.
A diretora de Inteligência, Alana Cardoso, destacou o esforço pessoal de cada um dos profissionais que deixaram suas unidades e famílias para passarem uma semana na capital, recebendo conhecimento que ser voltará em benefício da sociedade. "Meu papel é encabeçar essa grande comunidade de inteligência, que se forma com os núcleos de inteligência. Posso dizer, com tranquilidade, que a estrutura de inteligência que temos hoje é referência nacional. Nosso propósito com esse fórum é debater as possibilidades dentro de nossas delegacias", reforçou.
O diretor de Atividades Especiais, Marcos Veloso, disse que a atividade de polícia judiciária civil é uma atividade diferenciada, que possibilita fazer o ciclo completo, do ostensivo a repressivo. "A inteligência é o produto mais sólido, mais eficaz e mais eficiente dentro da Polícia Civil e o que sustenta nossa atividade é o assessoramento. Então, a inteligência não é hoje só assessoramento é nossa essência", argumentou.
O delegado Fausto José Freitas da Silva, coordena o núcleo de inteligência da Delegacia Especializada de Homicídio e Proteção a Pessoa. Ele falou da importância da conhecimento acerca das ferramentas de inteligência e sua importância na investigação. "Os recursos tecnológicos, as ferramentas de inteligência policial para nós que trabalhamos nos núcleos é muito importante, pois conseguimos passar maior credibilidade no trabalho policial. A investigação com esse tipo de informação produzida é mais robusta e quando chega no Judiciário tem um olhar diferente.
O curso, iniciado no dia 29 de junho, segundo assessoria, foi composto por 46 horas/aulas e ministrado por policiais civis da Diretoria de Inteligência e outros profissionais com experiência na atividade. Para este ano está previsto a realização de outro curso básico de inteligência para integrantes da Polícia Civil e outras instituições da Segurança Pública.
Participaram também do encerramento do curso o delegado geral, Adriano Peralta Moraes, o diretor do interior Wilson Leite, a delegada Juliana Chiquito Palhares, da Secretaria Adjunta de Inteligência da Segurança Pública, delegados regionais e representantes das 16 Delegacia Regionais da Polícia Civil, entre outros.