Seis detentos acusados de envolvimento no homicídio e destruição de cadáver ocorrido na penitenciária Major Zuzi, em Água Boa (região Leste), serão indiciados em inquérito instaurado pela Polícia Civil para apurar o caso. As investigações apontam que o crime foi motivado por rixa entre grupos criminosos.
De acordo com informações da assessoria de imprensa da Polícia Civil, dois presidiários, que estavam na mesma cela que a vítima, responderão pelos crimes de homicídio qualificado e destruição de cadáver. Outros quatro detentos de outras celas serão indiciados por destruição de cadáver e associação criminosa.
O crime que vitimou o reeducando ocorreu durante a madrugada e foi descoberto, na última segunda-feira pela manhã, quando um dos agentes penitenciários percebeu a falta do detento. O grupo de contenção do presídio foi acionado para encontrar a vítima e ao entrar em uma das salas se deparou com baldes cheios de ossos humanos, momento em que acionaram a polícia.
De acordo com as investigações da delegacia de Água Boa, a vítima foi assassinada dentro da cela 13 e cortada em pedaços que foram repassados através das grades para as celas 14, 15 e 16. Os detentos recebiam as partes do corpo e com armas artesanais fizeram a desossa, jogando os pedaços de carne pelo vaso sanitário.
Segundo o delegado Sued Dias da Silva Junior, o crime foi motivado por briga entre grupos criminosos. “Outras pessoas ainda serão interrogadas e podem ter a participação no crime identificada até a conclusão do inquérito”.
O prazo para conclusão do inquérito é de dez dias.