Em operação desde outubro de 2009, o Canil da Delegacia Especializada de Repressão a Entorpecentes (DRE), da Polícia Judiciária Civil, está com seis novos filhotes da raça labrador. Os cãezinhos nasceram há pouco mais de um mês da cadela Darinha, um dos seis cães mantidos pelo canil e utilizados em operações policiais.
De acordo com a delegada titular da DRE, Alana Cardoso, os filhotes, três machos e três fêmeas, de cores preto e chocolate, serão selecionados e treinados para renovação do canil, que, atualmente, conta com dois cães em início de treinamento e quatro cães adestrados. Cinco animais são da raça labrador e uma pastora alemã, de nome Linka.
Conforme a delegada, há um custo na manutenção do canil e dos cães que precisam de acompanhamento de veterinários, vacinação, alimentação balanceada e ainda atenção dos próprios policiais que administram o espaço, para que não fiquem sem atividades e permaneçam sempre ativos.
Os animais consomem 20 quilos da ração por semana, adquiridos pelo Estado por meio de licitação. Já a saúde dos cães é acompanhada pelo hospital veterinário de uma faculdade particular, que mantém convênio com a Delegacia de Entorpecentes desde a inauguração do canil. Todos os exames periódicos, vacinações, cirurgias e internações como a realizada recentemente na cadela "Darinha" é feita pelos médicos veterinários da faculdade.
O canil está sob os cuidados da investigadora Vanessa Miranda de Paula, que se reveza com mais dois policiais no treinamento, alimentação, higiene e documentação das atividades desenvolvidas pelos animais, que além do trabalho policial são também convidados para apresentações artísticas em escolas. "São três policiais com dedicação exclusiva ao canil", afirma.
Os cães policiais são ótimos companheiros nas ações de busca e apreensão de drogas e passaram a ser requisitados em várias operações das delegacias da Polícia Judiciária Civil e de outras instituições como a Polícia Militar, Polícia Federal e o Exército Brasileiro. Eles são empregados em operações nas rodovias, abordagem de veículos, e ainda na proteção e segurança dos policiais.
De janeiro a agosto, os cães adestrados participaram de 43 ações policiais, entre operações e cumprimentos de mandados de busca e apreensão, realizados no Estado de Mato Grosso. Uma das últimas operações com a participação do canil da DRE foi a "Gênesis", realizada na fronteira no mês passado.
Um dos primeiros cães adquiridos pelo canil foi o lavrador Wonca, doado pelo Canil Central do Estado de Santa Catarina, que também forneceu treinamento para policiais civis da DRE na condução de cães farejadores. O animal veio para Mato Grosso adestrado para a função de faro de drogas e até hoje continua atuando em operações policiais.
O labrador tem faro sensível e é muito eficaz na busca de entorpecentes. O tempo de adestramento varia entre três e quatro meses. O trabalho é realizado pelos próprios policiais da DRE, em ruas, praças, parques, residências abandonadas e na Academia da Polícia Civil, todos os dias, em dois horários, pela manhã e ao final da tarde. Quando não possível o descolamento é realizado no próprio pátio da delegacia.