O secretário Estadual de Justiça e Segurança Pública, Célio Wilson de Oliveira, reafirmou ontem, em Sinop, durante vistoria nas instalações do novo presídio, que o governador Blairo Maggi não dará aumento aos escrivães e investigadores da Polícia Civil, que estão em greve desde a última segunda-feira.
“A greve é uma preocupação, mas o Governo não vai deixar de prestar serviços à população e adotar as medidas necessárias. Hoje a Polícia Militar, perícia e outros setores estão se empenhando bastante para suprir a deficiência. E o Governo declarou que não negocia enquanto durar a greve”, disse, em entrevista ao Só Notícias.
“O governo está ciente das reivindicações, mas vê essa greve como inoportuna. Até porque nunca se fechou ao diálogo, e as carreiras de segurança da pública sempre tiveram, no governo Blairo, um tratamento diferenciado, tanto que em dezembro de 2002 o salário inicial de um agente de polícia era de R$ 760, e hoje ele já esta em mais de R$ 1,2 mil. No caso dos agentes, o ganho salarial foi de mais de 37% nos últimos três anos”, enfatizou o secretário.
Ontem de manhã, Maggi disse à categoria que não haverá reajuste salarial, e marcou uma reunião para segunda-feira, às 10 horas, com representantes da classe.
Em Sinop, Sorriso e Lucas do Rio Verde os profissionais paralisaram os trabalhos e só atendem as ocorrências emergências, entre homicídios e flagrantes. O comandante do Regional Norte da Polícia Militar, coronel Jorge da Cruz, relatou que todas as medidas estão sendo tomadas pela corporação para garantir a segurança da população. “Dentro das possibilidades nós estamos trabalhando em uma sintonia com a Polícia Civil e para a PM não estão havendo dificuldades com essas situação”, disse.
Entre as reivindicações da categoria está o reajuste salarial, o pagamento de adicional noturno, fornecimento do vale-transporte e a publicação, no Diário Oficial, da lista dos promovidos.