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Secretário descarta aumento de 15% para policiais em Mato Grosso

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O presidente da Assembleia Legislativa, deputado José Riva, e o secretário de Administração, César Roberto Zílio, se reuniram nesta terça-feira com uma comitiva de investigadores e escrivães da Polícia Judiciária Civil de Mato Grosso para tratar da readequação salarial e o pagamento de verba indenizatória a delegados. A proposta dos servidores é de além do aumento de 15% para o próximo mês. Também fossem pagos 6,47% de perdas inflacionárias e que o percentual entre níveis de 1,5% aumente para 3%.

De acordo com o presidente Sindicato dos Investigadores da PJC de Mato Grosso, Cledison Gonçalves, há uma diferença muito grande entre os salários de delegados, investigadores e escrivães. “Há um abismo os valores salariais”. Já a presidente do Sindicato dos Escrivães, Genima Evangelista, destaca que essa desigualdade gera desmotivação e desânimo”. Queremos que o Estado olhasse de uma forma diferente para nós em todos os aspectos, principalmente na questão salarial”.

O secretário de Administração César Zílio disse que, infelizmente, neste momento não será possível acatar as propostas. Mas, destacou que sua equipe vai analisar profundamente a proposta e que manterá as conversações com a categoria neste sentido por entender as dificuldades dos investigadores e escrivães, que trabalham com uma estrutura ineficiente e com poucos equipamentos.

“As categorias terão um aumento dentro de um plano de reestruturação da carreira elaborada em 2008 por meio da lei complementar 344/208. Agora, o que podemos fazer é iniciar uma nova reestruturação para 2012. Infelizmente, todo aumento tem que ser feito a luz do orçamento e da disposição financeira. Porém fizemos um encaminhamento, vamos analisar a proposta e manter o dialogo aberto”.

Na opinião do presidente José Riva, é justa a reivindicação das categorias. Porém, ressalta a importância de realizar um estudo sobre as distorções salariais existentes entre os servidores públicos a fim de uniformizar a reestruturação de todas as carreiras. “A Polícia Civil precisa de uma atenção do governo. É perceptível a defasagem no segmento. Em geral, o servidor público está mal pago, como é o caso dessas categorias, que muitas das vezes de desdobram para trabalhar, principalmente porque há falta de efetivo e estrutura”.

Outro assunto debatido foi o pagamento de verba indenizatória para delegados da Polícia Civil, subsídio este em que os escrivães nem investigadores são contemplados. Os presidentes de sindicatos informaram que um delegado chega a receber R$ 6 mil por mês, fora o salário. Segundo eles, ainda há um estudo para que este benefício seja incorporado à remuneração.

Para Riva, é preciso rever o pagamento desta verba, que já tem causado problemas para servidores, inclusive, na declaração de imposto de renda. O secretário disse que estão buscando soluções para extinguir este tipo de indenização. “Estamos estudando um novo modelo de aplicação de subsídios”, concluiu Zílio.

 

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