O secretário de Finanças de Campinápolis, Edson Inácio Tomé, foi preso, ontem, sob a acusação de interferir nas investigações que apuram irregularidades na aplicação de verbas da contribuição de iluminação pública no município. Também foi preso o servidor público municipal Euildes Lucas Machado. As prisões preventivas foram requeridas pela delegacia de polícia com parecer favorável do Ministério Público Estadual.
Segundo o MPE, os “dois tentaram coagir testemunha a alterar o depoimento prestado no procedimento investigatório que apura fraude na prestação de serviços descritos em nota fiscal avulsa referente à colocação de lâmpadas e reatores que sequer foram adquiridos pelo município de Campinápolis.
De acordo com o promotor de Justiça que atua no município, Carlos Henrique Richter, após prestar depoimento à Promotoria de Justiça, confirmando a versão oficial apresentada pelo município, a referida testemunha retornou ao MPE para esclarecer os fatos. “A testemunha narrou que, ao contrário do que informou inicialmente, não prestou qualquer serviço ao município, tendo somente assinado alguns documentos e um cheque a pedido do requerido Euildes Machado, sem ter conhecimento do teor dos documentos apresentados”, destacou o promotor de Justiça.
Segundo ele, a utilização indevida de notas fiscais avulsas por meio da Prefeitura Municipal de Campinápolis também foi identificada pelo Tribunal de Contas do Estado. Em 2009, segundo relatório do TCE, foram pagas pelo município 520 notas fiscais avulsas.
A prisão preventiva dos indiciados, segundo o MPE, fundamenta-se na necessidade de cautela para garantia da ordem pública e conveniência da instrução criminal, diante da existência de prova da materialidade do crime e indícios de autoria.
A informação é da assessoria do Ministério Público Estadual.