quarta-feira, 18/setembro/2024
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Rondonópolis tem índice alto de assassinatos de adolescentes

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Os homicídios de adolescentes em Rondonópolis, principalmente relacionados ao tráfico de drogas, são uma realidade que saltam aos olhos dos moradores locais. Essa triste percepção foi confirmada por meio dos números de um estudo divulgado esta semana: o Mapa da Violência de 2010/Anatomia dos Homicídios no Brasil, realizado pelo Instituto Sangari, de São Paulo (SP). O cruzamento de dados aponta que a cidade de Rondonópolis tem, proporcionalmente, um dos maiores índices de homicídios de adolescentes do Brasil. Na faixa etária de 0 a 19 anos, Rondonópolis é a 13ª cidade mais violenta do país.

A cidade mais violenta para crianças e adolescentes do Brasil é a paulista Suzano, que registrou 96 mortes em 2007 nesse grupo de pessoas, com uma taxa média de 88,4 homicídios em 100 mil habitantes. Isso levando em conta que Suzano tinha 108,6 mil habitantes nessa faixa etária. Na 13ª posição, Rondonópolis registrou 29 homicídios em 2007 na faixa etária de 0 a 19 anos, com uma taxa média de 47,7 homicídios em 100 mil habitantes. Isso levando em conta que Rondonópolis tinha 60,7 mil habitantes nessa faixa etária.

A capital mato-grossense ocupa o 153º lugar no ranking da violência entre adolescentes. Cuiabá, com uma população de 191,9 mil habitantes na faixa etária entre 0 e 19 anos, teve 41 homicídios nesse grupo de pessoas em 2007, perfazendo uma taxa média de 21,4 homicídios em 100 mil habitantes. Nesse grupo de população, a cidade mato-grossense de Sinop ocupa o 126º lugar no ranking de violência contra adolescentes, com 12 homicídios entre o referido grupo, e uma taxa média de 23,5 homicídios em 100 mil habitantes.

O agravante é que o estudo aponta que, entre os municípios brasileiros, o assassinato de crianças e adolescentes ainda não é algo tão comum. Conforme o estudo, o número de homicídio de crianças e adolescentes de Rondonópolis, por exemplo, é bem maior que muitos países do mundo, com população infinitamente maior. A Espanha, com 43,3 milhões de habitantes, por exemplo, registrou 27 homicídios ao ano na faixa entre 0 e 19 anos. "Noutras palavras: a morte de crianças, ou de adolescentes, não pode, em nenhum caso, ser tomada como um fato natural e inevitável", atesta o estudo.

No entanto, os números de violência, segundo o estudo nacional, vão crescendo drasticamente à medida que avança a idade. Entre os 12 e os 15 anos de idade, a cada ano de vida, praticamente duplicam o número e as taxas de homicídio. As idades com maior crescimento de vitimização na década entre 1997 e 2007 são as que se localizam entre os 14 e os 16 anos de idade, com incremento acima de 30%.

 

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