As polícias Civil e Militar de Rondonópolis apresentaram, no final da manhã, três dos quatro envolvidos no atentado de ontem à noite, contra uma juíza cível Maria das Graças Gomes da Costa e o marido dela, que não foram feridos. Leandro Pereira, 33 anos, Quésia Aparecida da Silva, 37, Josué Santana de Souza, 23, e Rogério Castro de Moraes, foram indiciados por formação de quadrilha e será investigada a participação de cada um no crime. São investigadas hipóteses de atentado e de roubo frustrado.
De acordo com as novas informações obtidas através das imagens registradas pela câmera de segurança da casa, Rogério teria passado em frente a residência e ficou esperando, na esquina, o momento certo de agir. Ao perceber que a juíza se aproximou do portão, para trancá-lo, ele sacou a arma e ordenou que ela o abrisse. A polícia informa que a magistrada se afastou do portão e chegou próximo ao carro, momento este em que o suspeito efetuou disparos contra o marido dela, que estava no veículo. Ele já havia sofrido um atentado há quatro meses.
A juíza reagiu e baleou Rogério, no peito, que foi levado pelos comparsas a um hospital em Guiratinga, para evitar que fosse preso, mas o plano não deu certo. A polícia descobriu sua localização e o transferiu para Rondonópolis, onde é submetido a cirurgia.
Os três suspeitos afirmam que apenas estavam ajudando no socorro de Rogério e não sabiam o que havia ocorrido. O ex-policial Militar Leandro foi o primeiro a prestar socorro. Eles negam saber de qualquer coisa e estar envolvidos no crime.
De acordo com o Comandante do 5º Batalhão, Major Sandro, Leandro Pereira era lotado em Rondonópolis e foi exonerado, há quase dois anos, “por ter uma conduta incompatível”. Ele estava sendo procurado pela PM por não ter entregue a carteira de identificação e outros materiais.