As 26 câmeras do Observatório de Segurança Pública de Rondonópolis permitem melhor planejamento da ação policial. O equipamento está em pleno funcionamento e grava imagens dos pontos estratégicos do município. Nas cidades onde já existe o monitoramento, os índices de criminalidade como assaltos, tráfico de entorpecentes e infrações no trânsito diminuíram. A estrutura eletrônica é localizada no Centro de Operações da Polícia Militar (Copom), anexo ao antigo terminal rodoviário da cidade.
Segundo o diretor da empresa de automação responsável pelos equipamentos, Wagner Roberto Figueiredo, com acesso as imagens, a autoridade pode planejar com mais eficácia a atuação policial contra os crimes. "Hoje o monitoramento está onde recebe as ligações via 190, isso de forma estratégica. Assim que o policial recebe um chamado ele tem a possibilidade de ver uma ação criminal em tempo real e projetar melhor a atuação. Além de diminuir o confronto com criminosos e agir de forma segura para população", disse.
O sistema grava imagens 24 horas diárias e elas são arquivadas em um servidor eletrônico que tem capacidade de salvar dados de 30 dias de monitoramento, depois deste período o conteúdo expira. "Temos um software que permite a marcação de característica. Se o policial monitor identificar uma pessoa em atividade suspeita, a exemplo em frente a um estabelecimento comercial, e posteriormente acontecer um assalto, ele poderá buscar no banco de dados se o suspeito do dia anterior possui semelhanças identificadas por testemunhas. É uma pesquisa semelhante ao Google", explica.
Conforme o secretário de Administração do município, Gerson Araújo, o investimento para execução do novo mecanismo de segurança é do Ministério da Justiça com contrapartida municipal. "Por meio do Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania (Pronasci) foi investido R$ 1,155 milhão, mais a parte prefeitura na ordem de R$ 155 mil", disse. Os equipamentos têm alta resolução, mobilidade de 360 graus, capacidade de focalizar a placa de um veículo a 400 metros de distância, e pode localizar objetos a mil metros. "A ideia é coibir a criminalidade", explica o secretário.
Os postes de cimento foram substituídos pelos de aço por uma decisão da Ausec. "Os novos suportes têm tecnologia que permite melhor funcionamento, pois o formato poligonal diminui os movimentos ocasionados pelos ventos, o que poderia comprometer a qualidade das imagens. Essa troca foi custeada pela empresa", revela o diretor Wagner Roberto.