O batalhão de Rondas Ostensivas Táticas Metropolitanas (Rotam) da Polícia Militar confirmou a prisão de quatro homens, denunciados por invasão e graves ameaças a um empresário, em seu estabelecimento, no bairro Centro Sul, em Cuiabá. O caso foi registro esta manhã. Segundo o boletim de ocorrência, um dos suspeitos teria entrado em contato com o restaurante via aplicativo de mensagens, alegando que estaria interessado em encomendar algumas marmitas.
O dono, que respondeu à conversa diretamente, foi questionado se estaria presente para que buscasse as encomendas. Algum tempo depois, quatro homens adentraram a localidade. O grupo afirmava, ainda segundo o registro policial, que tinha a intenção de gravar um vídeo com o “comunicante dizendo que nunca mais iria se relacionar com mulher casada”. A princípio, negou-se e declarou não praticar tais ações.
No entanto, foi atingido com um soco na região da orelha, além de ser intimidado com uma arma de fogo e forçado a prosseguir com a gravação. O grupo fugiu num automóvel, que foi eventualmente abordado pelas equipes da Rotam. A quadrilha foi localizada e encaminhada à delegacia de Polícia Civil. Em nota, a PM ainda relatou que um deles foi identificado como militar da corporação (soldado).
A corregedoria-geral foi acionada para dar início ao procedimento administrativo, visando a apuração de infrações disciplinares, paralelamente à apuração criminal.
Em nota, o tenente-coronel e comandante da Polícia Militar de Mato Grosso, Alexandre Mendes, repudiou o policial preso e confirmou que o mesmo já estava afastado. “Ainda guarda, para nosso dissabor, a condição de servidor público militar, mas se encontra há tempo afastado em razão de processo demissório por outros crimes pelos quais responde”, diz trecho, antes de completar. “Trata-se, portanto, de mais um produto indigesto do nefasto sistema processual brasileiro, com forte pendor às chicanas e protelações recursais, neste caso em específico valendo-se o servidor de atestado psiquiátrico”.
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