Quatro integrantes de uma quadrilha envolvida em uma série de roubos, furtos e em pelo menos dois latrocínios (roubo seguido de morte), tiveram mandados de prisão preventiva decretados pela Justiça. Três deles foram cumpridos e os presos apresentados, hoje, à imprensa, em coletiva dos delegados da Delegacia Especializada de Roubos e Furtos (Derf), presididas pelos delegados José Lucídio, Antonio Carlos Araújo e Claudinei Lopes, acompanhados do delegado regional, Percival Eleutério de Paula.
Os presos N.R.A., 21 anos, e M.J.S., 22 anos, e P.H.G.S., 18 anos, foram indiciados em formação de quadrilha, roubo majorado e latrocínio. Ainda se encontra foragido G.H.C.C., 23 anos. Um dos roubos praticado pela quadrilha ocorreu no dia 4 de novembro de 2011, por volta das 21h, em uma residência no centro da cidade de Pedra Preta, deixando uma pessoa morta e três membros da família agredidos. Os assaltante invadiram a casa da vítima, Milton César da Silva, 44 anos, a procura de joias. Como não encontraram passaram a agredir outras três pessoas que estavam na casa, subtraindo as joias que estavam em seus corpos e outros pertences.
As investigações foram presididas pelo delegado Antônio Carlos de Araújo, juntamente com a equipe da DERF, policiais de Pedra Preta e apoio da Divisão de Crimes Contra a Pessoa do Centro Integrado de Segurança e Cidadania (CISC), de Rondonópolis.
Segundo o delegado adjunto da Derf, Antônio Carlos de Araújo, após uma minuciosa investigação policial foi possível identificar e qualificar todos os integrantes. "O objetivo dos autores eram subtrair mostruários de joias, em tese, existentes na residência", disse.
O assalto foi praticado por M.J.S. e P.H.G.S., ambos presos. Eles confessaram na íntegra toda a atividade criminosa desde a saída de Rondonópolis, em um lava-jato pertencente a G.H.C.C., até a divisão dos produtos do crime. Os criminosos também contaram que usaram uma motocicleta e um Corolla prata na prática do crime. M.J.S. foi o executor do disparo fatal que atingiu a vítima na cabeça, enquanto P.H.G.S. segurava outra vítima.
De acordo com as investigações, todo o crime foi planejado por G.H.C.C. (foragido), bacharel em direito, juntamente com N.R.A., preso na segunda-feira (23), em troca de tiros com policiais militares, quando furtava malote na agência do Banco do Brasil, na Vila Operária.
Os presos e o foragido respondem outros inquéritos policiais de seis roubos em continuação praticados todos no mesmo dia, em outubro de 2011. G.H.C.C. está foragido desde fevereiro deste ano. Ele é apontado como a pessoa que fornece armas e veículos, organiza e participa ativamente dos assaltos. O suspeito aparece como autor em um roubo de joias avaliadas em R$ 8 mil.
M.J.S. participou do latrocínio de um idoso de 68 anos, que trabalhava como vigilante e foi morto no interior de uma panificadora no bairro Santa Cruz em agosto de 2011, na cidade de Rondonópolis e de mais três assaltos contra estabelecimentos comerciais.
Para a Polícia Civil outras vítimas poderão reconhecer os indiciados, já que, em seis meses, vinham praticando os roubos, sempre visando joias, malotes bancários e movimentação financeira nos estabelecimentos comerciais.