A quadrilha que assaltou o Banco do Brasil em Paranatinga tem ramificações fora do país. A infraestrutura e o método que utilizado pelo grupo indicam que ele é especializado. Dois homens envolvidos no assalto foram presos em Sapezal (473 km de Cuiabá) e trazidos à capital.
Vagner Maia, 33, e Walter Martins Lemos, 37, foram presos na quarta-feira (09), após ficarem 4 dias escondidos na reserva indígena Pareci. Eles tentaram assaltar uma caminhonete da tribo, mas foram pegos. Os policiais acreditam que a quadrilha seja formada por 8 pessoas e tenha facções em Rondônia (origem dos bandidos), Goiás e Bolívia. Até hoje 3 foram presos.
De acordo com o comandante da 7ª Região, coronel Ricardo Almeida Gil, os ladrões são muito bem preparados e orientados. “Cada indivíduo tem uma função na quadrilha. Um limpava a pista, outro fazia as compras, outro os pagamentos”.
Segundo o comandante, os bandidos chegaram em Sapezal num período em que o banco estava com muito dinheiro para o pagamento dos salários de dezembro, 13º e o recebimento da comercialização dos produtos agrícolas. Depois, compraram à vista uma caminhonete usada.
O tempo estimado para a ação era de duas horas. Saiam rapidamente da agência, iam para a mata onde um avião pousava. Esse, era carregado e partia. Em 20 minutos os bandidos estavam fora do estado e, em 30 minutos, do país. A Polícia está a procura do boliviano “Gasolina”, que dava apoio logístico ao assalto.
Conforme Só Notícias já informou, são 3 integrantes da quadrilha presos até agora, recuperados R$ 704 mil e duas metralhadoras, além de duas caminhonetes.