A Polícia Civil de Primavera do Leste (238 quilômetros de Cuiabá) informou que as investigações da Operação La Catedral, deflagrada esta semana, apontaram que presos da cadeia pública do município eram utilizados como mão de obra para serviços pessoais nas chácaras do diretor da cadeia, e de um reeducando, principal alvo da operação.
Conforme as investigações, conduzidas por cerca de um ano pela Delegacia Especializada de Roubos e Furtos de Primavera do Leste, o reeducando está detido em regime fechado na cadeia pública do município para cumprimento de uma pena de 39 anos de prisão. Ele tinha autorização judicial para trabalhar externamente, “mas desrespeitava as determinações e atuava exclusivamente em atividades particulares, até mesmo fora do município”.
Ao acompanhar a rotina dele, os investigadores identificaram que o preso não apenas frequentava a sua chácara, em Poxoréu (a 43 km de Primavera do Leste), como também empregava mão de obra de outros presos para atividades particulares no local.
“Os presos faziam serviços ordinários de chácara, como limpeza e ordenha. Além disso, como a maior parte dos presos são pedreiros e pintores, ele também aproveitava a mão de obra para a manutenção da chácara e realização de benfeitorias”, explicou o delegado Honório Neto, através da assessoria.
Segundo as investigações, os presos também atuavam em empresas do reeducando e na chácara do diretor. Eles chegaram a construir uma casa em um de seus terrenos. Ao menos 20 presos foram identificados trabalhando na propriedade rural de ambos. As investigações da Polícia Civil continuam.
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