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Presos envolvidos em esquema de furtos de caminhonetes na capital; veículos foram encontrados com índios em Juína

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Quinze ordens judiciais, sendo seis mandados de prisão preventiva e nove de busca e apreensão domiciliar, foram cumpridas pela Polícia Civil, ontem, durante a operação “Via Láctea”, deflagrada pela Delegacia Especializada de Repressão a Roubos e Furtos de Veículos Automotores (Derrfva). A ação resultou na prisão de cinco acusados de integrar uma quadrilha especializada em furtos de caminhonetes novas de dentro de concessionárias.

Identificados nas investigações da Derrfva, os suspeitos tiveram os mandados de prisão preventiva deferidos pela 3ª Vara Criminal de Cuiabá pelos crimes de furto qualificado, receptação e associação criminosa. Das quatro caminhonetes furtadas, três foram recuperadas e apreendidas em poder dos índios Enawenê, na região de Juína (445 quilômetros de Sinop), sendo duas localizadas no município e outra em Várzea Grande.

As investigações iniciaram há cerca de cinco meses, após comunicação do furto de quatro Toyota Hilux SRV cabine dupla, ano 2015, zero-quilômetro, ocorrido na concessionária, localizada na avenida Fernando Correa da Costa, em Cuiabá.

Durante as diligências, a equipe da Derrfva identificou o envolvimento de dois ex-funcionários da empresa. O outro funcionário ao tomar conhecimento da investigação pediu repentina demissão e mudou-se para Goiás, onde teve o mandado de prisão cumprido no final da manhã pela Polícia Civil de Goiânia.

Segundo o delegado Marcelo Martins Torhacs, os dois ex-funcionários trabalhavam na empresa e foram os responsáveis por facilitar a ação criminosa que culminou na subtração das quatro caminhonetes. “Um deles já havia previamente articulado com os demais suspeitos o crime. Ele separou as chaves das caminhonetes e entregou para o autor do furto”.

Com a chave dos veículos, este ia até a concessionária clandestinamente, se passando por “cliente” ou “instalador de rastreador”, e acessava o pátio interno, onde estava a caminhonete que seria furtada, já previamente indicada. Enquanto isso, um outro ex-funcionário fazia a vigilância, sendo responsável por alertar caso alguém se aproximasse.

A investigação da Derrfva  aponta que os “corretores” de veículos, após receberem as quatro caminhonetes provenientes dos furtos, realizavam o emplacamento e documentação fraudulentos e os vendiam aos índios da Comunidade Enawenê, em Juína.

Os índios adquiriram esses veículos sabendo de sua origem ilícita e realizavam os pagamentos em dinheiro, sendo fomentadores da atividade ilícita. Segundo levantamentos, é possível que haja vários veículos produtos de crimes no interior da comunidade indígena.

A Polícia Civil não descarta que a quarta e última caminhonete a ser recuperada ainda esteja no interior da grande comunidade, em Juína. Contudo, a diligência no interior da comunidade depende de autorização da Justiça Federal e deve ser realizada pela Polícia Federal, a qual já foi comunicada dos fatos pela Derrfva.

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