Detentos da Cadeia Pública do Capão Grande, localizada em Várzea Grande, tentaram sem sucesso, uma fuga na noite desta sexta-feira (22). Os presos do raio 2 da ala H conseguiram cerrar as grades da cela e tentavam chegar ao muro quando foram contidos pelo batalhão de guarda. Tiros foram disparos para advertir e conter os possíveis fujões e houve um reforço de mais de 20 policiais, incluindo a Força Tática.
A Secretaria de Justiça e Direitos Humanos (Sejudh) disse por meio de assessoria, que a fuga foi evitada e envolveu apenas 3 detentos.
Conforme informações da Polícia Militar, a Cadeia tem capacidade para 192 presos mas abriga atualmente 326 detentos, algo comum em todos os presídios e cadeias de Mato Grosso que além da superlotação, tem enfrentado nos últimos dias uma crise gerada por constantes fugas e a prática corriqueira de drogas, celulares e outros objetos ilícitos que sempre são encontrados durante revistas. Isso sem falar na troca de acusações onde o secretário de Justiça e Direitos Humanos, Paulo Lessa tem afirmado com todas as letras que o sistema carcerário de Mato Grosso é frágil e as fugas e tráfico de drogas e celulares em presídios é resultado da corrupção de agentes que facilitam para que isso aconteça.
O fato é negado pela categoria que tem João Batista Pereira de Souza como presidente do Sindicato dos Servidores Penitenciários de Mato Grosso (Sindspen). Ele lembra que o lado mais fraco do sistema sempre foi o servidor, que atua em uma estrutura precária. E também rebate que o "secretário não vai assumir que o Estado tem sido inoperante. Que as cadeias públicas não têm segurança" como disse ao jornal A Gazeta na semana passada.