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Presos carceireiros em Sinop acusados de entrarem com drogas no presídio

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Os agentes carcerários Claudemir Marques, 32 anos, e Antonio Nilton Gonçalves Sousa, 24, foram presos, hoje de manhã, acusados de levarem drogas para dentro do presídio Ferrugem em Sinop. A Polícia Militar deteve a dupla e junto com um dos acusados foi encontrado um papelote de maconha, que seria repassado a um preso, ainda não identificado.

Por volta das 07:30hs um soldado que faz a vigia em uma das torres do Ferrugem, avistou uma movimentação estranha de dois agentes, que estavam do lado de fora da penitenciaria, próximos a central de tratamento de água do local. O soldado estranhou, pois apenas o pessoal responsável pela manutenção e alguns detentos que auxiliam nos trabalhos, freqüentam aquela área do presídio.

O soldado comunicou o fato aos companheiros que foram até o local checar a suspeita. No entanto, antes da chegada dos soldados, um dos agentes, Antonio Nilton, já havia saído do local e entrado na penitenciária. Segundo informações do tenente Vanilson da Silva Moraes, responsável pelo comando de guarda do Ferrugem, ao perceber a ação dos soldados Claudemir jogou fora o papelote de maconha.

Ele foi detido e encaminhado a delegacia municipal, onde se defendeu dizendo que a droga encontrada pertencia a Antonio. Alguns minutos depois, Nilton também foi preso e negou as acusações, colocando a culpa no companheiro de trabalho. “Ele (Claudemir) foi quem me chamou lá e me perguntou se eu teria coragem de ‘passar para dentro’”, disse Antonio. “Eu falei que não e voltei ao meu trabalho. Não o denunciei, mas não tenho nada a ver com tudo isso”, defende-se. Claudemir nega que seja o proprietário da droga.

Segundo o tenente Vanilson, a prisão dos agentes não tem relação com sindicância da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), que esteve em Sinop na semana passada investigando denúncias sobre supostas irregularidades cometidas por agentes carcerários do Ferrugem.

“Essa prisão não teve influencia da sindicância, mas nós estamos cientes dos trabalhos da Sejusp e também reforçamos a vigilância no presídio para tentar inibir a entrada de drogas, celulares e outros materiais proibidos” disse. “Fazemos revistas periódicas, mas mesmo assim sempre que é feita uma nova revista, encontramos alguma coisa. Tem algo errado, esse material não entra lá sozinho”, comentou.

As denúncias investigadas fazem menção a tentativa de fornecimento de armas aos detentos, extorsão contra os presos, servir de contato entre família dos detentos e imprensa, fornecer drogas e favorecimento aos reeducandos que estariam sedo cometidas por 10 agentes.

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