A PM prendeu ontem o cabo Timóteo Lucena Pessoa e o soldado Altamir dos Santos acusados pelos crimes de pistolagem, assassinatos e formação de quadrilha. Eles são investigados pela Polícia Civil de Sinop e Nova Ubiratã. As prisões preventivas foram ordenadas pela juíza Debora Pain Caldas, da Comarca de Sorriso. Foi apurado pelos investigadores que os dois policiais estariam agindo nos dois municípios da região a serviço do crime organizado, assassinando pessoas que os incomodavam, informa A Gazeta. É a terceira prisão de PMs no Nortão em menos de 10 dias. Em Alta Floresta, conforme Só Notícias já informou, o cabo Moisés foi preso, por ordem da Justiça, acusado de envolvimento com quadrilha de assaltantes.
Em Cuiabá foram presos mais 4 policiais militares acusados de assassinatos, roubos, tráfico de drogas, pistolagem e formação de quadrilha. As prisões foram ordenadas pelo juiz da 12ª Vara Criminal, Walter Pereira de Souza. Na capital foram presos Cleiton da Silva Arruda (da Força Tática do 1º Batalhão, no bairro Porto), Héverton Dias de Moura (Batalhão de Guardas, também do Porto), o 3º sargento Simão Eduardo de Souza Filho (9º Batalhão, bairro Coxipó) e o 3º sargento Cláudio Ferreira da Silva (Batalhão de Guardas). Na casa do soldado Cleiton, onde foi localizado dois revólveres calibre 38, uma pistola 380 e uma bolsa contendo uma grande quantidade de pasta-base de cocaína e trouxinhas já prontas do produto, além de maconha e munições.
Uma das vítimas dos PMs em Cuiabá, de acordo com as investigações, é o estudante Zaine Gaúna Pena, 24 anos, assassinado em agosto do ano passado, em função de um rixa pela disputa do tráfico de drogas. Contudo, o chefe do Comando Regional 1 (Cuiabá), coronel Osmar Lino Farias, disse que eles já estavam sendo investigados há sete meses pelo Serviço de Inteligência da corporação, também por estarem dando cobertura e participando dos assaltos a clientes de agências bancárias conhecidos como “saidinhas de bancos.”
O 3º sargento Cláudio Ferreira da Silva estava preso na Cadeia Pública de Santo Antônio do Leverger desde o ano passado por dar apoio logístico à fuga em dois assaltantes. O carro dele, um Fiat Uno, foi usado para fuga. Na ocasião a prisão foi realizada pelo 1º Batalhão da PM. O policial permaneceu preso por 50 dias e foi liberado por determinação judicial. Porém, ele foi preso novamente sob acusação de integrar uma quadrilha que assaltou a agência do Sicredi, ainda em 2007, no município de Vera (80 km de Sinop).