Dezoito pessoas foram presas pela Polícia Civil, hoje, na operação "Pedra Branca". Todas são acusadas de envolvimento com tráfico de drogas. Vinte mandados de prisão preventiva foram decretados pela justiça e dois fugiram. A polícia confirmou que, ao cumprir os mandados, constatou que quatro pessoas já estavam presas e tiveram as ordens judiciais cumpridas dentro da cadeia. "Uma deles é Antônio Carvalho de Lima, preso numa unidade prisional de Cuiabá, de onde gerenciava a organização criminosa. O traficante foi preso em Alta Floresta por tráfico de drogas e porte de arma de fogo e depois transferido para a capital", informa a polícia.
O delegado responsável pela operação, Marcos Sampaio Alves Ferreira, apontou ainda que as aquisições do entorpecente eram sempre feitas por Antônio Carvalho de Lima, com dinheiro depositado em contas cedidas por pessoas, nove delas foram identificadas e deverão ter pedido de prisão. A quadrilha investia entre R$ 2 e 20 mil na compra da mercadoria e lucrava com venda para pequenos traficantes da região. O fornecedor será investigado pela Delegacia Especializada de Repressão a Entorpecentes (DRE).
Foram encontrados fortes indícios de um grupo de traficantes que atua na região de Alta Floresta, chegando a identificação de 21 pessoas, 20 delas tiveram prisões decretadas. Conforme o delegado Marcos Sampaio, a droga consumida em Alta Floresta e municípios próximos como Paranaíta era levada de ônibus por "mulas", contratadas em Cuiabá, e algumas vezes os próprios traficantes vinham buscar. "Todas essas pessoas presas já tinha passagens por tráfico de drogas e são pessoas significativas no crime em Alta Floresta", frisou o delegado. As investigações iniciaram há 4 meses, com o assassinato de uma adolescente. O crime foi praticado por membros da quadrilha que também está envolvida noutro homicídio e em uma tentativa de homicídio.
O diretor de interior, delegado Jales Batista da Silva, destacou que o trabalho operacional tem sido fortalecido no interior, principalmente na repressão ao tráfico de drogas e ao longo do semestre estão programadas outras ações. "É a resposta que damos ao narcotráfico e tráfico doméstico perpetrado no interior do Estado", disse.
No decorrer das investigações, mais de dois quilos de pasta-base foram apreendidos. Participam da operação cerca de 70 policiais civis (delegados, investigadores e escrivães).