Doze integrantes de uma quadrilha especializada no tráfico de maconha foram presos, hoje, pela Polícia Judiciária Civil, na operação "Oriente". A justiça decretou 14 mandados de prisão preventiva, sendo 8 presos em Cuiabá, 2 em Cáceres e 2 no Mato Grosso do Sul. As investigações iniciaram em fevereiro deste ano. Durante o período, a delegacia prendeu 11 pessoas e instaurou sete inquéritos policiais. Na somatória final, são 22 presos, nos 8 meses de investigações.
O delegado Marcelo Felisbino Martins, declarou que os integrantes da quadrilha traziam a droga do Paraguai para revender na Grande Cuiabá e na cidade de Cáceres. Cerca de 155 quilos de maconha e 11 de cocaína foram apreendidos pela Polícia Civil no período das investigações e compravam a materialidade do crime. "O aqui o destino era sempre abastecer os pontos de venda de droga", destacou. "O interessante é pegar o meio, que é quem está trazendo a droga e distribuindo", complementou o delegado.
Segundo o delegado, um dos braços forte da quadrilha era Vanderson Pavesi, preso ontem à noite, na rodoviária de Cuiabá, tentando embarcar para Mato Grosso do Sul. Contra o acusado os policiais tinham uma carta precatória que poderia ser cumprida no Paraguai, onde o traficante mantém esquema de compra da substância junto com outro investigado.
O acusado mantinha contatos com traficantes de Cuiabá e de Cáceres, onde o comércio de maconha era comandado por Aguinaldo Gara de Almeida e Almerita José Vieira dos Reis, presos na operação.
Conforme Martins, dentro da operação "Oriente", 10 pessoas serão indiciadas por tráfico de drogas e associação ao tráfico. Outras quatro, que já estavam presas por tráfico, tiveram mandados cumpridos na operação e serão indiciadas por associação ao tráfico de drogas.
A maconha era comprada no Paraguai, entrava pelo Estado de Mato Grosso do Sul, com destino final a Grande Cuiabá, que abastecia o município de Cáceres. As investigações levantaram que o grupo usava "mulas" para buscar a droga em Mato Grosso do Sul, muitas delas foram presas no decorrer das apurações. Algumas vezes os próprios integrantes iam pegar a mercadoria. Para isso, usavam veículos locados ou traziam a droga dentro de bagagens, em ônibus de linha.
O diretora metropolitana, Vera Rotilde, disse que a Delegacia de Entorpecente está realizando um trabalho de inteligência para chegar aos fornecedores do tráfico doméstico. "Hoje a temática da DRE é trabalhar com inteligência para quando fazer a abordagem, realizar de forma certeira", frisou.
Foram mobilizados na operação um efetivo de 50 policiais (delegados, escrivães e investigadores). Em Mato Grosso do Sul contou com o apoio da Polícia Civil daquele estado.
"Oriente" é alusivo ao nome de uma pessoa presa no começo das investigações.