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Preso suspeito de agredir, ameaçar ex-mulher e mantê-la em cárcere privado em Sorriso

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Só Notícias/Ana Dhein com Lucas Torres, de Sorriso (foto: Só Notícias/Lucas Torres/arquivo)

Investigadores de Polícia Civil prenderam, hoje, um homem, 36 anos, suspeito de descumprimento de medida protetiva, violência psicológica, sequestro e cárcere privado, lesão corporal contra mulher, supressão de documento, todos contra a ex-mulher, além de ameaçá-la de morte, no domingo, às margens da BR-163. Conforme a delegada do Núcleo de Atendimento à Mulher, Adolescente e Criança, Jéssica Cristina, a mulher foi socorrida por terceiros, que presenciaram as agressões. “Então esse rapaz, então, ex-marido, recém-separado dela, foi atrás dela num local que ela estava, a chamou pra entrar num veículo, ela achou que eles teriam uma conversa amigável, mas nisso ele já trancou travou todas as portas, janelas, e começou a agredi-la e foi levando ela em direção a Sinop.”

“Ela foi agredida com sufocamento, puxões de cabelo, ele bateu a cabeça dela por várias vezes contra o volante do veículo, tomou o celular da mão dela, falava que ia matar, xingava ela de vários nomes pejorativos, então ela acabou sofrendo esse cárcere privado até conseguir escapar desse veículo e pediu ajuda para caminhoneiros que estavam passando, para pessoas que tinham propriedade empresarial ali nas margens da rodovia, acabaram vendo a situação também, chegou um ponto que ela teve que se jogar do veículo e entrar do boeiro para fugir dele. Assim que ela foi socorrida por essas pessoas que estavam às margens da BR-163, que viram a situação, perguntaram ali enquanto ela estava sendo agredida já ali no acostamento, perguntaram se a moça estava precisando de ajuda, foram socorrê-la e ele acabou se evadindo”, acrescenta a delegada.

O acusado fugiu com documentos e celular da vítima. “Ela veio fazer a medida protetiva, ele continuou praticando uma série de delitos, foi notificado da medida protetiva e continuou mandando mensagem para a vítima, questionando porque ela tinha feito medida protetiva, ameaçando, usando o celular dela, se passando por ela para mandar mensagens de cunho sexual para diversos contatos dela. Então, iniciamos uma série de diligências para encontrar esse suspeito, desde segunda-feira, e acabamos descobrindo” que ele estava “se passando por ela e numa dessas mensagens ele revelou que um amigo contou que nós da Polícia Civil estávamos atrás dele. Então, nós acabamos detendo esse amigo dele também, pelo cometimento de delito de favorecimento pessoal. Esse homem de 57 anos, já foi liberado porque se trata de um delito de menor potencial ofensivo”, detalhou.

“A partir disso que a gente logrou êxito em localizá-lo, ele estranhou o sumiço do amigo, ligou aqui na delegacia falando que estava preocupado com o amigo, se identificou, nós acabamos descobrindo que era ele. Como estava em fuga, a gente estava monitorando o veículo dele o tempo inteiro, ele foi orientado a procurar uma delegacia de polícia para registrar um boletim de ocorrência de sequestro do rapaz. E nisso ele acabou sendo flagranteado e nós o trouxemos aqui para a delegacia onde está sendo lavrado auto de prisão e flagrante delito, e também onde ele vai ser submetido à audiência de custódia”, acrescentou a delegada.

Jessica confirmou que o homem foi autuado por delitos de cárcere privado, roubo, lesão corporal, violência psicológica, ameaça, supressão de documentos e será pedida ao judiciário sua prisão preventiva (tempo indeterminado) e que a vítima “já tinha, na verdade, denunciado ele há quatro anos, já havia histórico de violência doméstica. É importante que sempre procure a Polícia Judiciária Civil. Ela estava sem medida protetiva de urgência, é o que a gente sempre conversa, ao menor sinal de violência ou de agressão, tem que procurar os órgãos de justiça, tem que procurar a polícia. A gente nunca sabe, eu acredito, realmente com essas testemunhas que a gente ouviu, salvaram essa mulher de um possível feminicídio, ela correu um sério risco ali, e essa é a postura que nós temos que ter com relação a vítimas de violência doméstica. Se a gente vê uma pessoa precisando de ajuda, a gente tem que socorrer, a gente não pode pecar pelo delito, pela imoralidade também de uma omissão”, concluiu.

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