O segundo suspeito, de 20 anos, de envolvimento no assassinato do professor Francisco Moacir Pinheiro Garcia, de 53 anos, encontrado, com sinais de tiro, às margens da rodovia que liga Sinop a Claudia, no mês passado, foi preso por policiais da Delegacia Especializada de Roubos e Furtos (Derf), Divisão de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP), hoje à noite.
De acordo com informações da assessoria da Polícia Civil, no interrogatório, o acusado declarou que não conhecia a vítima e o primeiro acusado teria entrado em contato com ele, após pegar seu contato com o adolescente que trabalha em uma academia, dizendo que “tinha um corre pra fazer”. O suspeito afirmou que o acusado combinou que era para ele e o menor irem até o condomínio onde a vítima morava, se esconderem em área de mato nas proximidades e que o comparsa iria passar na frente e dar sinal luminoso com o veículo para que realizassem a simulação de um assalto.
Ainda de acordo com o depoimento, o primeiro suspeito preso havia dito que levaria a vítima para um local ermo (mata) e que a amarraria. Mas que ao chegar nesse local (nas proximidades do município de Cláudia), a vítima teria percebido que o amigo estava envolvido com o crime.
Nesse momento, o suspeito afirmou que o amigo teria mandado a vítima descer do carro e seguido com ela por alguns metros em uma propriedade rural, deixando os dois comparsas no veículo. O depoente declarou que pouco tempo depois (aproximadamente 10min) foram ouvidos disparos de arma de fogo.
O jovem, de 20 anos, afirmou ainda que houve a promessa, por parte do primeiro preso de pagamento de R$ 25 mil. O comparsa teria comentado que venderia o carro da vítima e também a casa de propriedade do professor.
Conforme Só Notícias já informou, o primeiro acusado, de 32 anos, foi pego, ontem à tarde, próximo ao pedágio da BR-163, em Sorriso, no Renault Sandero da vítima que já estava com as placas adulteradas. No momento da prisão, o suspeito disse que fez a adulteração porque já sabia que estava sendo procurado e queria inibir eventual abordagem policial. Sobre a morte do professor disse não ter nenhuma participação e havia emprestado o carro, pois tinha confiança da vítima.
O professor que lecionava no curso de enfermagem na Universidade Federal de Mato Grosso em Sinop, estava desaparecido e foi reconhecido por servidores da UFMT, no Instituto Médico Legal (IML) de Sorriso, para onde seu corpo foi encaminhado após ser encontrado, por não possuir nenhum tipo de documento no momento.
Amigos estavam tentando localizar Francisco e fizeram divulgações em grupos de aplicativo e em redes sociais, com sua foto, detalhando que estava usando uma tipoia no braço direito pois passou por uma cirurgia no ombro. O corpo do professor foi transladado e sepultado em Fortaleza, no Ceará.